quarta-feira, 25 de junho de 2008

O QUE NÃO É CONTADO


Está fazendo 40 anos de um episódio muito interessante da nossa história recente, e como diz Chico Buarque: “pagina arrancada da memória das nossas novas gerações”.
O fato ocorreu em junho de 1968 no jardim Botânico do Rio de Janeiro, quando o grupo de esquerda denominado “Comando da Libertação” armou uma emboscada para executar o major boliviano Gary Prado que estava cursando a Escola do Estado-Maior do Exercito no Rio. Prado tinha sido o comandante da operação que assassinou CHE GUEVARA nas selvas bolivianas meses antes.
A operação teria sido perfeita, caso o transeunte da Rua Engenheiro Alfredo Duarte emboscado fosse Gary Prado, ocorre, que depois de 10 disparos contra o pedestre, os guerrilheiros descobriram, examinando sua pasta, que a vítima era o alemão Von Westernhagen. Nesta mesma época o “Comando Che Guevara” executou em Paris o general Zanteno Anaya, comandante da tropa de Prado. Este teria ficado com o fuzil de CHE como troféu.
O caso só foi elucidado em 1987, pois os guerrilheiros fizeram votos de silêncio, sendo que 02 deles foram presos e torturados até a morte nos calabouços da ditadura. Na época a ditadura pensou que a execução teria sido feita pelo MOSSAD (Serviço de Espionagem de Israel), pelo simples fato de que Westernhagen tinha ascendentes que ocuparam cargos de oficiais na SS (polícia política nazista), e ele próprio teria combatido no Exercito Alemão (Wehrmacht) de Hitler.
Quem quiser saber mais sobre o assunto, leiam o livro do historiador Jacob Gorender “COMBATE NAS TREVAS”.

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