quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

FELIZ NATAL




























...E ecoa noite e dia
É ensurdecedor
Aí, mas que agonia
O canto do trabalhador
Esse canto que devia
Ser um canto de alegria

Soa apenas como um soluçar de dor...


(Paulo César Pinheiro – gênio angrense)






Neste dia de confraternização não temos muito o que comemorar, há não ser a esperança em um mundo melhor.
Feliz natal para todos, inclusive para os alienados que certamente um dia acordarão dessa trágica comédia humana.

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

CUBA AMPLIA A REVOLUÇÃO NA BOLÍVIA





















O governo boliviano de Evo Morales anunciou, neste sábado (20), oficialmente o fim do analfabetismo no país.
Quase 01 milhão de pessoas foram alfabetizadas desde junho de 2006, quando teve início o programa "Yo, sí puedo" com ajuda de Cuba e Venezuela. O mais interessante foi que paralelo ao processo de ensino os médicos cubanos realizaram mais de 200 mil consultas e 03 mil cirurgias de vista, enquanto o governo venezuelano doou cerca de 8 mil painéis de captação solar para os municípios bolivianos que não possuem energia elétrica, permitindo assim a universalização do programa. Até mesmo um dos militares que participou do assassinato de Che Guevara recuperou a visão graças aos médicos do país que Che construiu com sua revolução.
Assim, Bolívia é o terceiro país latino-americano a se livrar do analfabetismo. Uma vitória que o Brasil e outros países economicamente mais desenvolvidos ainda não podem comemorar.

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

DURA LEX SED LEX




















Ele vai ser cassado! As provas das compras de votos aparecem há todo momento. Os inquéritos e processos estão sendo instruídos com provas robustas.
Pode preparar seu secretariado professora, e, que as forças do bem te iluminem nessa árdua batalha de exterminar com a corrupção em nossa cidade!

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

CHE, ETERNAMENTE





“Correndo o risco de parecer ridículo, deixe-me dizer-lhe que o verdadeiro revolucionário é guiado por grande sentimento de amor.’
(Ernesto Che Guevara)

BRAVO JORNALISTA



























"É seu beijo de despedida, cachorro. Isso é pelas viúvas, órfãos e pelos que foram mortos no Iraque".



Estas foram às palavras que o jornalista Muntazar Al Zaidi desferiu contra Bush no momento em que tentava alveja-lo com sapatos.
O bravo jornalista encontra-se hospitalizado, certamente pelas torturas que sofreu dos cães de guerra da CIA (serviço de espionagem americano) que acompanham Bush, quebraram um de seus braços e algumas costelas.
No Brasil, o presidente Lula pediu em tom de brincadeira que ninguém tirasse o sapato. O presidente pode ficar tranqüilo, no Brasil não existem mais jornalistas dispostos a contrariar seus patrões, já que as próprias escolas de jornalismo os educam para serem servis.

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

NÃO ADIANTA ME CRITICAREM, MARX É MEU HERÓI!











Biografia

Idealizador de uma sociedade com uma distribuição de renda justa e equilibrada, o filosofo que a burguesia insiste em chamar de economista, cientista social e revolucionário socialista alemão Karl Heinrich Marx, nasceu na data de 05 de maio de 1818, cursou Filosofia, Direito e História nas Universidades de Bonn e Berlim e foi um dos seguidores das idéias de Hegel.

Idéias marxistas

Este pensador alemão foi expulso da maior parte dos países europeus devido ao seu radicalismo. Seu envolvimento com radicais franceses e alemães, no agitado período de 1840, fez com que ele levantasse a bandeira do comunismo e atacasse o sistema capitalista. Segundo Marx, o capitalismo era o principal responsável pela desorientação humana. Ele defendia a idéia de que a classe trabalhadora deveria unir-se com o propósito de derrubar os capitalistas e aniquilar de vez a característica abusiva deste sistema que, segundo ele, era o maior responsável pelas crises que se viam cada vez mais intensificadas pelas grandes diferenças sociais.
Marx que se considerava um filósofo revolucionário, também participou ativamente de organizações clandestinas com operários exilados, foi o criador da obra o Capital, livro publicado em 1867, que tem como tema principal a economia. Seu livro mostra estudos sobre o acúmulo de capital, identificando que o excedente originado pelos trabalhadores acaba sempre nas mãos dos capitalistas, classe que fica cada vez mais rica as custas do empobrecimento do proletariado. Com a colaboração de Engels, Marx escreveu também o Manifesto Comunista, onde não poupou críticas ao capitalismo.
O maior pensador que a humanidade já produziu faleceu em Londres, Inglaterra, em 14 de março de 1883, deixando muitos seguidores de seus ideais. Lênin foi um deles, e, na União Soviética, utilizou as idéias marxistas para sustentar o comunismo, que, sob sua liderança, foi renomeado para marxismo-leninismo. Contudo, alguns marxistas discordavam de certos caminhos escolhidos pelo líder russo.
As idéias marxistas continuam na vanguarda, pois desvendou as leis da história, e influenciam cientistas sociais que, independente de aceitarem ou não as teorias do pensador alemão, concordam com a idéia de que para se compreender uma sociedade deve-se entender primeiramente sua forma de produção.

VANGUARDA SOCIALISTA









Finalmente será instalada na Câmara Federal a CPI da Divida Pública, após 20 longos anos de descumprimento da Constituição Federal.
A bandeira histórica da esquerda, empunhada pelo deputado federal Ivan Valente (PSOL-SP), autor da proposta, finalmente será posta na prática. Agora o Brasil terá uma boa chance de conhecer alguns mecanismos utilizados para roubar nossos recursos e, mais ainda, de anular as dívidas que forem consideradas fraudulentas.

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

QUE QUEIMEM NO INFERNO
























O saudoso jornalista Miziara tinha ódio mortal dos consumidores de drogas ilícitas. Em suas manifestações em ralação aos consumidores de drogas, dizia: “que queimem no fogo do inferno eternamente.”
Talvez, o amigo mais paradoxal que eu já tive, não sabia que dentro do seu circulo de amigos, entre eles várias autoridades municipais, fossem consumidores assíduos de cocaína. Como ficou provado com as escutas telefônicas da Policia Federal, na recente operação que prendeu dezenas de miseráveis em Angra dos Reis.
Agora eu entendo como é possível ter tanta cara-de-pau, diante das prisões vergonhosas da operação Cartas Marcadas.

ESCULPIDO EM CARRARA




Esse e o sósia do advogado que não tem deixado o Boneco de Ventríloquo dormir.

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

NOVOS MODELOS




Esses são os novos modelos de algemas que serão usadas na nova operação “Cartas Marcadas”.
São bonitas, não?

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

DIREITOS HUMANOS










Hoje é o dia internacional dos Direitos Humanos. Ninguém foi mais humanista do que ERNESTO GUEVARA DE LA SERNA, seu legado e seu amor pelo oprimido florescem em campos férteis por toda América Latina (Bolívia, Equador, Venezuela e Nicarágua).
Infelizmente a humanidade de CHE GUEVARA não contagiou nosso Brasil, que continua sendo um país incentivador dos assassinatos de crianças.




“É preciso matar sua coragem
até que reste apenas covardia.
É preciso matar o herói-miragem
até que reste apenas vilania.
É preciso matar sua beleza
até que reste apenas sua feiúra.
E até que reste apenas sua frieza
é preciso matar sua ternura.
É preciso matar sua piedade,
é preciso matar-lhe o aroma e a flor,
até que reste apenas crueldade,
Até que reste apenas seu fedor.
É preciso matar sua memória
até que reste apenas sua escória.”


(Pedro Galvão)

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

FORA DA MÍDIA




















Essa eu tenha a certeza que a mídia milionária que sustenta o moribundo capitalismo não noticiou.
No final de novembro, o presidente Evo Morales Ayma anunciou que duas províncias da Bolívia estão livres do analfabetismo.
Em Potosí e em Chuquisaca não há mais crianças e adultos que não saibam ler e escrever, todos agora estão capacitados para conhecer todo um mundo de palavras que antes lhes era negado pela elite nefasta do país. O programa empregado pelo governo de Evo foi responsável pela alfabetização de mais de 800 mil bolivianos desde o início do governo.
Uma curiosidade que jamais seria publicado pelos grandes jornais é que o método cubano “Yo, si puedo” teve que ser adaptado em algumas regiões do país porque os aymaras só utilizam 3 vogais em vez das 5 sobre as quais o programa de ensino foi preparado. Parece que 04 décadas depois da morte de CHE GUEVARA em terras bolivianas, suas idéias e seus sonhos começam a triunfar.
Enquanto isso, o Governo Lula continua a obedecer ao Consenso de Washington.
Pobre Brasil!

BEATO SALU OBTÉM VITÓRIA NO TRE

O advogado Luiz Paulo Viveiros de Castro conseguiu vitória em segunda instância para anular a eleição para prefeito no município de Guapimirim.
O Tribunal Regional Eleitoral do Estado do Rio de Janeiro marcou nova eleição para o dia 24 de janeiro próximo, pois entendeu que a tese de fraude eleitoral argüida pelo advogado tinha fundamentos e provas contundentes.
Para os arrogantes da cleptocracia angrense, que vivem dizendo que o choro da oposição não vai dar em nada, já que o prefeito tem “o maio advogado do Rio de Janeiro”; isto pode ser uma pedrada na vidraça.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

A VIRTUDE HUMANA















O texto abaixo escrito no século 19, por Oscar Wilde autor do clássico “Retrato de Dorian Gray”, é um verdadeiro libelo à virtude original do homem.
Realmente, gênios como Oscar Wilde são o sal da Terra!







'Pode-se até admitir que os pobres tenham virtudes, mas elas devem ser lamentadas. Muitas vezes ouvimos que os pobres são gratos à caridade. Alguns o são, sem dúvida, mas os melhores entre eles jamais o serão. São ingratos, descontentes, desobedientes e rebeldes - e têm razão. Consideram que a caridade é uma forma inadequada e ridícula de restituição parcial, uma esmola sentimental, geralmente acompanhada de uma tentativa impertinente, por parte do doador, de tiranizar a vida de quem a recebe. Por que deveriam sentir gratidão pelas migalhas que caem da mesa dos ricos? Eles deveriam estar sentados nela e agora começam a percebê-lo. Quando ao descontentamento, qualquer homem que não se sentisse descontente com o péssimo ambiente e o baixo nível de vida que lhe são reservados seria realmente muito estúpido.
Qualquer pessoa que tenha lido a história da humanidade aprendeu que a desobediência é a virtude original do homem. O pregresso é uma conseqüência da desobediência e da rebelião. Muitas vezes elogiamos os pobres por serem econômicos. Mas recomendar aos pobres que poupem é algo grotesco e insultante. Seria como aconselhar um homem que está morrendo de fome a comer menos; um trabalhador urbano ou rural que poupasse seria totalmente imoral. Nenhum homem deveria estar sempre pronto a mostrar que consegue viver como um animal mal alimentado. Deveria recusar-se a viver assim, roubar ou fazer greve - o que para muitos é uma forma de roubo.
Quanto à mendicância, é muito mais seguro mendigar do que roubar, mas é melhor roubar do que mendigar. Não! Um pobre que é ingrato, descontente, rebelde e que se recusa a poupar terá, provavelmente, uma verdadeira personalidade e uma grande riqueza interior. De qualquer forma, ele representará uma saudável forma de protesto. Quanto aos pobres virtuosos, devemos ter pena deles, mas jamais admirá-los. Eles entraram num acordo particular com o inimigo e venderam os seus direitos por um preço muito baixo. Devem ser também extraordinariamente estúpidos. Posso entender que um homem aceite as leis que protegem a propriedade privada e admita que ela seja acumulada enquanto for capaz de realizar alguma forma de atividade intelectual sob tais condições. Mas não consigo entender como alguém que tem uma vida medonha graças a essas leis possa ainda concorda dar com a sua continuidade.
Entretanto, a explicação não é difícil, pelo contrário. A miséria e a pobreza são de tal modo degradantes e exercem um efeito tão paralisante sobre a natureza humana que nenhuma classe consegue realmente ter consciência de seu próprio sofrimento. É preciso que outras pessoas venham apontá-lo e mesmo assim muitas vezes não acreditam nelas. O que os patrões dizem sobre os agitadores é totalmente verdadeiro. Os agitadores são um bando de pessoais intrometidas que se infiltram num determinado segmento da comunidade totalmente satisfeito com a situação em que vive e semeiam o descontentamento nele. É por isso que os agitadores são necessários. Sem eles, em nosso estado imperfeito, a civilização não avançaria. A abolição da escravatura nos EUA não foi uma conseqüência da ação direta dos escravos nem uma expressão do seu desejo de liberdade. A escravidão foi abolida graças à conduta totalmente ilegal de certos agitadores vindos de Boston e de outros lugares, que não eram escravos, não tinham escravos nem qualquer relação direta com o problema. Foram eles, sem dúvida que começaram tudo. É curioso observar que dos próprios escravos eles só receberam pouquíssima ajuda material e quase nenhuma solidariedade. E quando a guerra terminou e os escravos descobriram que estavam livres, tão livres que podiam até morrer de fome livremente, muitos lamentaram amargamente a nova situação. Para o pensador, o fato mais trágico na Revolução Francesa não foi que Maria Antonieta tenha sido morta por ser rainha, mas que os camponeses famintos da Vendée tivessem concordado em morrer defendendo a causa do feudalismo."

EXISTE POEMA MAIS ATUAL?


























(PABLO NERUDA)
Agosto de 1959.




“NOVAS ILHAS, NOVOS RIOS,
NOVOS VULCÕES FAZEM DO NOSSO CONTINENTE
UMA NOVA GEOGRAFIA.

QUEREMOS NOVA AGRICULTURA,
OUTRAS FORÇAS JUVENIS,
UMA SOCIEDADE MAIS PURA,

NOVAS PROTAGONISTAS DA HISTÓRIA
QUE ESTÁ NASCENDO
E QUE TEMOS O DEVER DE CONSTRUIR

QUEM PODE ESTÁ CONTRA A VIDA?
CELEBREMOS A CHEGADA DE BRIZOLA
NO CENÁRIO DA AMÉRICA
COMO UMA DESLUMBRANTE ENCARNAÇÃO
DE NOSSAS ESPERANÇAS.

ESTAMOS CANSADOS DA ROTINA DA MISÉRIA.,
DE IGNORÂNCIA, DE INJUSTIÇA ECONÔMICA.
ABRAMOS O CAMINHO ÁQUELE QUE ENCARNA HOJE
A POSSÍVEL CONSTRUÇÃO DO FUTURO.”

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

O TEMPO NÃO PARA




















A revista Caros Amigos em edição especial, traz este mês uma serie de matéria sobre a América Latina. Vale apena ler!
Ao que tudo indica, o sonho de CHE GUEVARA de uma America abaixo do Rio Bravo livre e socialista, está mais perto do que imaginávamos.
Até a vitória sempre, comandante Che!

A MÁFIA NO PODER























A Cosa Nostra (máfia siciliana) há séculos implantou a Lei do Silêncio, que regia a total fidelidade dos seus membros; ceifando a vida dos que delatassem um membro da “irmandade”.
Em Angra dos Reis, a organização criminosa que se apoderou do Legislativo é neófita; e não sabe criar seus códigos de proteção. Sendo assim, inúmeros crimes cometidos pela cleptocracia legislativa vão ser elucidados, por denuncias de dissidentes insatisfeitos pelas suas exclusões do quando legislativo.
Na próxima semana, serão tomados vários depoimentos de excluídos da farra do dinheiro público endereçado ao Legislativo. A coisa promete e tem de tudo: peculato, extorsão, corrupção, sonegação fiscal, desvio de verbas, formação de quadrilha e muitos outros crimes da tradição cleptocrática.

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

O NOVO IMPERADOR



















Estatísticas do governo iraquiano indicam que cinco milhões de crianças vivem abaixo da linha da miséria. E que 760.000 não puderam voltar à escola primária este ano, cerca de 25.000 perderam seus lares e mais de 5.000 ficaram órfãos este ano.

O mais grave é que nada vai mudar. Pelo grupo de pessoas que Obama está recrutando para seu governo, ele está mais para o Boneco de Ventríloquo de Angra dos Reis, do que para salvador do mundo.

terça-feira, 25 de novembro de 2008

CASSAÇÃO EM MARCHA




















Após assistir a sessão do TSE que caçou o governador da Paraíba, fiquei otimista quanto uma possível cassação do Boneco de Ventríloquo.
Os abusos do poder econômico e do uso da máquina administrativa municipal em prol do Boneco de Ventríloquo, foram idênticos aos usados pelo Governador da Paraíba: cestas básicas, inaugurações de obras, propagandas irregulares, uso de pesquisas direcionadas e compra de votos; fizeram parte da propaganda política da cleptocracia.
Mas, o que me deixou otimista foi o fato de que os ministros do TSE aplicaram a Lei na mais lidima dogmática, sem recorrerem a quaisquer induções ideológicas. O ministro EROS ROBERTO GRAL foi de uma eficácia impressionante, ao dissecar cada principio constitucional e cada artigo da Lei Eleitoral.
Se a lei for aplicada em Angra dos Reis, o Boneco de Ventríloquo será cassado diante das fartas provas já existentes, e das que virão na instrução do processo de cassação.

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

APÓS 120 ANOS DA ABOLIÇÃO, A LIBERTAÇÃO DO POVO BRASILEIRO NÃO ACONTECEU DE FATO.
























Autores: Rodolpho, Jonas, Luís Carlos da Vila

Valeu Zumbi !
O grito forte dos Palmares
Que correu terras, céus e mares
Influenciando a abolição
Zumbi valeu !
Hoje a Vila é Kizomba
É batuque, canto e dança
Jongo e maracatu
Vem menininha pra dançar o caxambu
Ôô, ôô, Nega Mina
Anastácia não se deixou escravizar
Ôô, ôô Clementina
O pagode é o partido popular
O sacerdote ergue a taça
Convocando toda a massa
Neste evento que congraça
Gente de todas as raças
Numa mesma emoção
Esta Kizomba é nossa Constituição
Que magia
Reza, ajeum e orixás
Tem a força da cultura
Tem a arte e a bravura
E um bom jogo de cintura
Faz valer seus ideais
E a beleza pura dos seus rituais
Vem a lua de Luanda
Para iluminar a rua
Nossa sede é nossa sede
De que o "apartheid" se destrua

terça-feira, 18 de novembro de 2008

CORRUPÇÃO NA SAÚDE

















O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, acusou nesta semana a Fundação Nacional de Saúde –FUNASA, instituição que integra seu ministério, de ser corrupta e apresentar baixa qualidade de serviços. "As denúncias de escândalos, corrupção, desvio de dinheiro, estão todo o dia na imprensa. A situação é muito grave. Não podemos deixar a situação do jeito que está. Temos de mudar", disse o ministro, referindo-se a FUNASA.

Com todo o respeito, mas, o Excelentíssimo Ministro não conhece a FUSAR, que continua sob a égide do JOÃO DOMINGOS; conhecido em Volta Redonda como João 10%.

AS LEIS DA HISTÓRIA











As raízes da desgraça humana, que é o capitalismo estão doentes, seus tentáculos começam a despencar de podre.

Um passo, apenas mais um passo na história, para a morte definitiva deste tenebroso sistema.
E, aí, eu direi como todas às minhas forças e alegria, já vai para o inferno tarde! O sistema já deu o que tinha que dar. Chegou a hora do adeus e de começar a verdadeira história humana.
Foi assim com a escravidão real e agora com a escravidão maquiada do capitalismo; ou alguém acredita que a exploração do homem pelo homem não é uma forma de escravidão nefasta?

Tudo ao seu tempo, sistemas surgem e desaparecem ao capricho das leis da história. A humanidade evolui mesmo contra a vontade dos usurpadores dos meios de produção de riquezas e dos parasitas que vivem da manipulação da moeda.

Um sonho assombra os especuladores e exploradores do século XXI, a aurora da liberdade.

Haverá guerras, não tenham a menor dúvida, hoje mesmo, são mais de uma centena de guerras fratricidas que regam de sangue o planeta.

Não haverá para onde fugir neste mundo globalizado, o sistema está morrendo devorando as próprias entranhas, façam o que fizerem, não o salvarão.

Não podemos continuar vivendo na selvageria do capitalismo especulatório, e caberá a cada um abrir o próprio caminho; mas tenham a certeza que o caminho só poderá ser trilhado com mãos dadas e nas veredas do socialismo.

sábado, 15 de novembro de 2008

ESSE É O FUTURO DE ANGRA

GENOCÍDIO EM MARCHA










Apesar do puxa-saquismo dos escribas, exageradamente remunerados, da cleptocracia angrense, que chegam à beira do ridículo com seus elogios; o secretário de saúde e futuro presidente da FUSAR foi o grande responsável pelas mortes de cidadãos angrenses por infecção de dengue no verão passado.
Hoje, sabemos que os números oficiais de mortes foram 14, e não 10 como foram noticiadas nos periódicos dos escribas servis da nefasta classe dirigente de nossa cidade.
Pelo andar da carruagem, Amílcar Jordão será o futuro comandante da saúde no governo do Boneco de Ventríloquo. Resta saber quantas mortes serão computadas neste verão, pois os números são estarrecedores para uma cidade que arrecada R$ 500.000.000,00 por ano.
Diante deste genocídio, o nazista Josef Mengele deve ser perdoado pelos crimes que cometeu em Auschwitz; já que, segundo os loucos revisionistas do Holocausto, Mengele trouxe inúmeros avanços para a medicina com suas mórbidas experiências. Enquanto que aqui, em Angra dos Reis, as mortes foram causadas pela incompetência do nosso nada competente secretário.

PENA CAPITAL AOS CORRUPTOS











Vejam só, o Brasil está se tornando um país cada dia mais surrealista como nas histórias de Pedro Almodóvar. Agora mesmo, a Polícia Federal está indiciando o delegado Protógenes Queiroz em cinco crimes: quebra de sigilo, desobediência, usurpação de função prevaricação e quebra de sigilo telefônico do cleptocrata Daniel Dantas.
Dantas, protegido pelo seu amigo e parceiro da privatária das teles no governo de FHC, ministro presidente do STF Gilmar Mendes que na época era advogado geral da União, goza da liberdade como um homem santo, enquanto o delegado Protógenes sofre as agruras do sistema cleptocrata que se instalou no Brasil após a chegada de FHC no poder e, infelizmente continua no governo de Lula.
Não é por acaso, que os integrantes da quadrilha das “Cartas Marcadas” desfilam na Rua do Comércio de Angra com grande sorriso nos lábios, como se nós fossemos os grandes vilões da sociedade.
Brizola tinha e tem razão: “O Brasil precisa imediatamente de um MAO TSÉ-TUNG.”

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

DARCY RIBEIRO, AMOR PELO BRASIL






É sempre bom lembrar o maior educador e brasileiro de todos os tempos.
O discurso serve para Lula também.







"O meu discurso vem agora: Por que é que o
Presidente Fernando Henrique - um presidente
tão culto, tão inteligente, tão agradável - é um
presidente tão ruim! É incrível que Fernando Henrique
se deixe dirigir pela pior gente que há, que é o economista!
Basta dizer que se você pegar três deles, dos mais
eminentes e colocá-los juntos para discutir
qualquer assunto - eles vão discordar entre si.
Eles sempre discordam em tudo porque não têm certeza de nada..."

(Darcy Ribeiro - plenário do senado)

EDUCAÇÃO PARA QUEM?





















A educação torna-se excludente na medida em que
impõe o mesmo modelo cultural para talentos diferentes.
E em Angra isto se agrava ainda mais quando os protagonistas do setor são pessoas despreparadas, sem qualquer conhecimento da história da sociedade brasileira.
Não vislumbro futuro para nosso povo; apenas a massificação do apedeutismo!

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

ENFIM, A CASA BRANCA







Quatro décadas depois dos movimentos negros que abalaram a estrutura burguesa do império, um negro finalmente chega à Casa Branca. Na década de 60 o mundo vivia uma espécie de transformação radical: Revolução sexual, Contra cultura, Guerra do Vietnam e Feminismo eram os combustíveis da ideologia da época.
No meio daquilo tudo, os movimentos pela emancipação dos negros americanos eram visto pela população caucasiana como uma subversão negra, o que desencadeou os seguintes movimentos:

MOVIMENTO PELOS DIREITOS CIVIS
PRINCIPAIS LÍDERES - Martin Luther King Jr.
OBJETIVO - O pastor batista liderava uma corrente moderada, adepta da não-violência, que defendia a obtenção da igualdade racial por meios pacíficos, com a extensão do direito ao voto a todos os negros e o uso de táticas como boicotes e desobediência civil sem atos violentos
RESULTADOS - Apesar do assassinato de King em 1968, sua luta gerou a aprovação da Lei dos Direitos Civis, em 1964, que acabou com a discriminação contra as minorias.

NAÇÃO DO ISLÃ
PRINCIPAIS LÍDERES - Malcolm X
OBJETIVO - Essa vertente religiosa praticava a luta política por meios legais, mas aceitava a violência para auto-proteção. Recusando a igualdade racial, o grupo defendia a supremacia e o separatismo dos negros
RESULTADOS - Anos depois, Malcolm X admitiu a possibilidade de convivência com a sociedade branca, despertando a ira dos antigos seguidores. Foi morto por um deles durante um comício, em 1965.

PANTERAS NEGRAS
PRINCIPAIS LÍDERES - Huey Newton e Bobby Seale
OBJETIVO - Defendendo o fornecimento de armas a todos os negros, os militantes desse grupo radical pediam ainda a libertação de todos os negros das penitenciárias americanas e o pagamento de indenizações às famílias negras pelo período da escravidão
RESULTADOS - Os métodos violentos geraram feroz perseguição pela polícia e pelo FBI. Esvaziada, a organização foi dissolvida na década de 1980.

Mesmo que não venha a realizar nada em termos sociais nos EUA, a chegada de BARACK OBAMA na Casa Branca já é uma epopéia extraordinária para o negro americano.
Para o mundo pouca coisa vai mudar, diante das idéias pouco heterodoxa do novo presidente dos EUA.

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

EM ANGRA NÃO ACONTECE NADA












Na capital São Paulo pelo menos cinco pessoas foram presas na manhã desta quinta-feira, elas foram acusadas de participar de uma quadrilha que fraudava licitações para a venda de equipamentos e remédios para hospitais públicos do Estado de São Paulo. O prejuízo causado pela fraude é estimado em R$ 100 milhões.
Em Angra, o descaso com a saúde e os gastos astronômicos da FUSAR não são investigados pela Policia Federal nem pelo Ministério Público.
Chego a pensar que existe alguma coisa de podre no reino jordaniano infectando os poderes constituídos.
Ou é apenas impaciência minha?
Vamos aguardar!

FEITOS PARA AMAR










Ao ler “AOS TRANCOS E BARRANCOS COMO O BRASIL DEU NO QUE DEU” de Darcy Ribeiro, passei a refletir sobre a vida pós-modernidade, comecei a me lembrar dos ensinamentos que, ainda fedelho, recebi na escola de professores reacionários. Aprendi direitinho a ser um bom pequeno-burguês, a estereotipar, reduzir, pré-julgar; enfim, excluir o diferente e conservar o habitual. Aí me apareceu os gênios Josué de Castro, Milton Santos, Darcy e outros monstros do pensamento humano que me fizeram esquecer tudo isso.
Hoje, apesar das contradições do capitalismo e das religiões manipuladas pelos sacerdotes que nos fazem negar nossa humanidade, ainda acredito que o homem possa construir um mundo mais altruísta e livre das diferenças.
Como bem disse Charles Chaplin: “fomos feitos para amar...”

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

AGONIA CAPITALISTA






















Fico estarrecido com o esforço que Miriam Leitão e outros comentaristas econômicos da mídia gorda fazem para explicar a derrocada do sistema capitalista neo-liberal.

Não há o que explicar; isso apenas aumenta o sofrimentos dos investidores.

O sistema envelheceu, e o câncer da ganância está devorando-o e pronto! Como bem previu Karl Marx!

Agora é com as leis da história.

Ponto final!

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

PENA DE MORTE PARA OS CORRUPTOS!


O ex-diretor do Banco da China Liu Jinbao foi executado em praça pública por corrupção, ele foi condenado pelo Tribunal Popular Municipal de Changchun na China em agosto de 2005:

O ex-presidente do escritório em Hong Kong do Banco da China era uma das quatro personalidades principais das entidades estatais do país, foi condenado à pena de morte e executado por corrupção, e seus bens foram confiscados pelo Estado que ainda cobrará de sua família o serviço do carrasco.
''O caso é um exemplo da eficiência da supervisão sobre os altos executivos das instituições financeiras'', disse Wang Zhaowen, porta-voz do Banco da China.

Liu foi acusado de desviar US$ 1,75 milhão (1,44 milhão de euros) e receber subornos no valor de US$ 172 mil (140.000 euros)." Uma bagatela, se compararmos com o que foi roubado dos cofres públicos de Angra pelos “Cartas Marcadas.”

Se essa coisa vira moda por aqui ia faltar PAREDÓN!

Na CHINA eles são condenados à morte, nos Japão se suicidam, aqui em ANGRA DOS REIS eles viram heróis com a vista grossa das autoridades e anuência dos cidadãos mais incautos.

É coisa de "cultura do rouba mais faz", que algum antropólogo ou sociólogo explique!


quarta-feira, 22 de outubro de 2008

GUERREIROS TAMBÉM CHORAM








Dizem que o homem não chora
Na vida eu penso
por isso mesmo é que agora
quero encharcar meu lenço
deixa rolar pelo rosto
todo o pranto contigo
sentir na lágrima o rosto
chorar por todos os sentidos

dizem que não chora o homem
penso na vida
chora e chora pela fome e pela comida
por tudo que tem direito e tempo todo diria
até ver os maus desfeitos e só chorar de alegria

molhar a terra e pano
pela guerra e pelo ser humano
chorar na minha
um choro de pixinguinha
Por emoção ou prazer
Chorar, rir e sofrer

Chorar é bonito e não faz vergonha
Eu só acredito no homem que chora e sonha.

terça-feira, 21 de outubro de 2008

O QUE FAZER




Conta-se, mas, não provam que há muitos e muitos anos quando o povo angrense era oprimido por governantes sem alma e governados sem consciência, um revoltado com o despotismo, cansado de pregar no deserto, resolveu que era chegada a hora de cobrar do seu povo uma solução para colocar um fim ao sofrimento daquela gente humilde.
E assim ele fez uma campanha de conscientização da massa.

Convocou o povo e começou sua dura jornada, lutando contra o despotismo chegou a passar fome, devido à beligerância do governo local. Esquelético, a beira da morte havia perdido as esperanças quando uma voz poderosa se fez ouvir.

-Revoltado, o povo resolveu atender o seu apelo. E para tanto anote aí os sete mandamentos que resolverão todos os problemas do seu povo.

Feliz, o revoltado se despiu do seu rancor, pegou caneta e papel e com a mão trêmula começou a fazer anotações, que a voz lhe ordenava.

1- Pegue os políticos neoconservadores, filhos dos conservadores defensores do "rouba mas faz" em Angra dos Reis;

2- Junte a eles os defensores e os que apoiaram irrestritamente às ditaduras militares na América Latina e os assassinatos políticos.

3- Localize os membros da direita angrense, racista e xenófoba, dedicada a segregar, perseguir e matar os que não pensam como eles.

4- Acrescente os grupos oligárquicos angrenses que buscam pilhar o erário e a impedir o avanço dos progressistas.

5- Coloque todos num liquidificador e deixe o aparelho ligado por quarenta minutos, nem mais nem menos.

6- Tempere a receita com aqueles que insistem em frear os avanços democráticos e que são contrários à melhoria do ensino popular e ao debate sobre a imprescritibilidade dos crimes de tortura cometidos por agentes da repressão durante o regime militar e ao peculato (roubo do dinheiro público).

Houve uma pequena pausa. Uma eternidade para o revoltado que, aflito, pergunta pelo sétimo mandamento.

-Voz, o sétimo mandamento! A Senhora esqueceu o sétimo mandamento!..

A voz fez-se ouvir, mais poderosa do que nunca. A terra tremeu.

-O Sétimo Mandamento deixo sob a sua responsabilidade. Não me decepcione.

O revoltado ficou empolgado e sem pestanejar, anotou aquele que seria o sétimo mandamento:

7 – Após juntar e temperar o produto dos seis mandamentos, despeje o conteúdo no vaso sanitário e dê a descarga!

segunda-feira, 20 de outubro de 2008






O texto abaixo foi escrito por KARL MARX em “O CAPITAL”, há mais de 120 anos. Leiam com atenção e digam: O barbudo não sabia de tudo?


Em um sistema de produção em que toda a trama do processo de reprodução repousa sobre o crédito, quando este cessa repentinamente e somente se admitem pagamentos em dinheiro, tem que produzir-se imediatamente uma crise, uma demanda forte e atropelada de meios de pagamento.
Por isso, à primeira vista, a crise aparece como uma simples crise de crédito e de dinheiro líquido. E, em realidade, trata-se somente da conversão de letras de câmbio em dinheiro. Mas essas letras representam, em sua maioria, compras e vendas reais, as quais, ao sentirem a necessidade de expandir-se amplamente, acabam servindo de base a toda a crise.
Mas, ao lado disto, há uma massa enorme dessas letras que só representam negócios de especulação, que agora se desnudam e explodem como bolhas de sabão, ademais, especulações sobre capitais alheios, mas fracassadas; finalmente, capitais-mercadorias desvalorizados ou até encalhados, ou um refluxo de capital já irrealizável. E todo esse sistema artificial de extensão violenta do processo de reprodução não pode corrigir-se, naturalmente. O Banco da Inglaterra, por exemplo, entregue aos especuladores, com seus bônus, o capital que lhes falta, impede que comprem todas as mercadorias desvalorizadas por seus antigos valores nominais.
No mais, aqui tudo aparece invertido, pois num mundo feito de papel não se revelam nunca o preço real e seus fatores, mas sim somente barras, dinheiro metálico, bônus bancários, letras de câmbio, títulos e valores.
E esta inversão se manifesta em todos os lugares onde se condensa o negócio de dinheiro do país, como ocorre em Londres; todo o processo aparece como inexplicável, menos nos locais mesmo da produção.

DEMOCRACIA AMERICANA: PERDEM A CASA E PERDEM O DIREITO DE VOTO







Os cidadãos americanos que estão sendo expulsos das suas residências por falta de pagamento das parcelas dos contratos hipotecários podem perder também o direito de voto. O presidente do Partido Republicano do condado de Macomb, Michigan, mandou rever as listas de casas arrestadas pelos bancos a fim de retirar imediatamente os seus ex-proprietários dos cadernos eleitorais.
Estou profundamente preocupado, pois conheço bem o espírito de macaco de imitação do brasileiro, daqui a pouco o Congresso pode votar uma emenda constitucional para tirar os direitos políticos dos cidadãos mais pobres.
Se isso se concretizar, e com esta elite microcéfala que estar no poder em Angra jordaniana, a oposição ficará na clandestinidade.

domingo, 19 de outubro de 2008

CONFISCO DE DEPÓSITOS BANCÁRIOS
























A Inglaterra apropriou-se dos ativos de um banco islandês insolvente (Landesbanki) na Grã-Bretanha – e isso foi feito com uso de uma legislação anti-terrorista! A Islândia por sua vez apresentou queixa, e não obteve sequer protesto de outros governos. Só faltava isto como coroamento da crise do capitalismo. Se a moda de confisco de depósitos bancários entre países vier a generalizar-se o pandemônio mundial será terrífico.
Karl Marx, nunca esteve tão vivo!

TURISTAS NA PRAIA DO ANIL


















Quem passou pela Praia do Anil no último sábado pode observar a praia repleta de turistas depois da grandiosa obra de despoluição.
Tirando os de extrema direita e os C.C.s, o povo trabalhador dessa cidade que votou no boneco de ventríloquo, deve estar se sentindo enganado pelo aprendiz de fascista Fernando Jordão.

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

FRASE DA SEMANA












Angra não é mais dos reis, é dos gângsteres!
(De um popular)

O IMPÉRIO VAI QUEBRAR, OU NÃO?

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

NAZIFASCISMO NO PODER EM ANGRA




Na Alemanha nazista, todos aqueles que não estivessem alinhados com o regime eram expurgados do Estado, não podendo ocupar qualquer função dentro da estrutura estatal hitlerista. Na Itália fascista, não foi diferente; Mussolini e seus seguidores agiam da mesma forma, não havia espaço dentro da administração pública para quem não fosse aliado ao fascismo.
Em Angra jordaniana, com fortes traços do nazifascismo, não foge a regra: agora mesmo já começou a caça as bruxas, a vingança da extrema-direita não mede conseqüências. Não importa que pessoas brilhantes que servem o povo de forma dedicada e competente sejam inocentes, o que importa é que estas pessoas são amigos ou parentes dos inimigos do poder, portanto, inimigos que devem sofrer todas as agruras, pois são nocivos aos interesses da cleptocracia.
Viva a CLEPTONAZIFASCISTA!

Quando deixaremos de ser colônia?




No dia do mestre, a homenagem do maior do jornalismo para o maior da pedagogia. O Brasil, órfão desses gigantes, está cada dia mais pobre!



(Barbosa Lima Sobrinho)
Não é uma palavra de oposição. Nem mesmo uma queixa pessoal ou uma divergência partidária ou de hostilidade de quem se sentiu alcançado por uma divergência passageira. É, antes, a atitude desesperada de que, colocado face a face, diante da própria morte, não está pensando senão nos outros, que vão ficar.
Como pode um homem público silenciar diante de ameaças e riscos que não pode ignorar ou que estão presentes, como ameaças, aos que vão sobreviver como vítimas de erros e renúncias que vêm sendo acumulados pelos que estão à frente, no exercício das funções de mandado? Não é a hora de pensar no voto dos gladiadores vencidos, para uma saudação final, morituri te salutant?
É a impressão que me ficou da leitura da entrevista ou das páginas de memórias do senador Darcy Ribeiro que o JORNAL DO BRASIL acaba de publicar, na edição do último domingo. Numa confissão em que não se sente nenhuma amargura pessoal, tão-somente o sentimento de solidariedade com os que vão ter de enfrentar, de futuro, esse acontecimentos previsíveis. Como ser indiferente ao destino dos que têm que enfrentar as vítimas de tantos erros cometidos, fora de qualquer sentimento de animadversão política? Nada mais do que as palavras de uma consciência, falando a outras consciências, nesse Brasil que está sendo vítima de uma geração de pigmeus, como aquele com o qual Gulliver se defrontou, na obra clássica de Swift.
Daí o espanto e a surpresa do senador Darcy Ribeiro, quando recorda que, por mais que faça, não consegue compreender a orientação do governo brasileiro diante dos problemas que vão surgindo. Considera que são atitudes que não conseguem entrar na sua cabeça. E fala como um senador, atento aos problemas de seus país, quando se defronta com pessoas que se consideram técnicos atentos aos problemas do desenvolvimento econômico do Brasil.
E suas palavras têm um valor fora do comum. Fala como quem se dedicou à criação de uma universidade dentro dos melhores padrões, como é, sem qualquer dúvida, a Universidade de Brasília, atenta aos problemas nacionais. Por isso chega a perguntar por que o acordo de um partido político com interesses estranhos ao Brasil. Nem precisa lembrar o acordo que está sendo estudado na mesa das decisões políticas. E se surpreende e se espanta de que o Brasil “entre nesse barco”, em que estão presentes os interesses de outras nações, na venda de tantas estatais de que o país precisa, urgentemente, para solucionar seus próprios problemas.
Nem recorda a Eletrobrás, numa hora em que a eletricidade é vital para qualquer nação moderna. E se detém em Volta Redonda, que representa um momento heróico, em que o governo de Getúlio Vargas teve até de ameaçar, com a aliança com as nações do Eixo, para obter do governo dos Estados Unidos, que tinha à sua frente um presidente como Franklin Roosevelt, a cooperação necessária para que o Brasil começasse a figurar entre as nações modernas. Contrariando, inclusive, os antecedentes, como no tempo do governo do presidente Artur Bernardes, quando o Brasil despachou um empresário estrangeiro, que defendia, para o Brasil, um simples papel de exportador de ferro, a serviço dos interesses estrangeiros.
Quando o Brasil pôde contar (como recorda o senador Darcy Ribeiro) com Volta Redonda, uma “fábrica de outras fábricas”, para o início de sua idade industrial, acabou abrindo mão, numa atitude que, decerto, não teria a aprovação da pátria de Tiradentes. O senador Darcy Ribeiro lembra que o Brasil se deixou arrastar, vendendo uma fábrica debaixo de um critério de lucro para três banqueiros, “que ficaram muito ricos e expulsaram a metade dos trabalhadores”. Numa ação política de aumentar a riqueza dos ricos graças aos pobres, que acabaram deixando de ser os donos, na pessoa do Estado brasileiro, de uma fábrica que recordava as vitórias de seu governo, num momento em que resistiu à pressão de interesses que não eram os interesses do Brasil.
Qual a vantagem de substituir o povo brasileiro por um grupo de empresários, que não hesitarão em vender Volta Redonda ou em se desfazerem de suas ações por um simples vantagem pessoal? O lucro deve substituir o povo na propriedade da fábrica até então realmente brasileira?
E ainda não era o fim das ameaças. Porque ainda havia a Vale do Rio Doce. E o cerco novamente se formou. E aí, de novo, um senador brasileiro volta-se para uma manifestação não só de espanto como de indignação. Menciona o nível técnico, que considera extraordinário. E recorda suas imensas riquezas. Pergunta: “por que entregar?” E enumera suas extraordinárias riquezas, suas minas de ferro, de ouro, de níquel, de manganês, minas que ninguém tem em todo o mundo.
Quando a procura do lucro substitui qualquer sentimento de amor à pátria, e ao Brasil, há a sua pergunta e os seu espanto: “Como o senhor Fernando Henrique, um social, pode entregar isso?” E chega a registrar que se tudo isso não estivesse ocorrendo, “a gente não poderia acreditar”.
É de fato espantoso e surpreendente. Está acima da imaginação humana. Como na fase colonial, quando aplaudimos mineradores que vinham extrair o ouro do Brasil para enriquecer Portugal, que também não sabia entesourar o ouro de nossas minas e o transferia à Inglaterra, para que se iniciasse a sua fase industrial, até se tornar a dona do mundo.
Pois não é isso que está de novo acontecendo ao Brasil, como se voltássemos a uma fase de simples colônia, não mais de Portugal, mas do imperialismo mundial? E deixando uma pergunta amarga, em todos os lábios dos brasileiros: quando deixaremos de ser colônia?

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

BAIXA NAS TRINCHEIRAS DA ESQUERDA




As eleições me embriagaram e deixei de prestar homenagem ao jornalista e escritor de esquerda Fausto Wolff, que desapareceu na sexta-feira de 5 de setembro, aos 68 anos.

Fausto Wolff, viveu de convicções, perseguindo a utopia. Fez de suas idéias suas armas para enfrentar o rei, com uma inteligência inerente aos sonhadores humanista e humor ferino pronto para se opor as mentiras estabelecidas pelo capitalismo. Fausto Wolff, gauchão que sempre votou em Brizola, deve está agitando no infinito e torcendo para que da atual crise capitalista surja um mundo mais socialista. Camarada de trincheira, sua coluna no JB me faz muita falta, não tenho mais motivos para ler aquele jornal.

sábado, 27 de setembro de 2008

NAZISMO EM DOSE HOMEOPÁTICA

O ministro de propaganda de Hitler, Joseph Goebbels, um gênio da mídia, deixou o slogan de uma receita extraordinária: “repita uma mentira muitas vezes, quanto for possível: enfim, ela vira uma verdade absoluta”. “O PT não fez nada em 12 anos, o governo de FJ mudou a cidade”. Esse chavão repetido inúmeras vezes pelos arautos da cleptocracia angrense, e idolatrado cegamente pelos incautos à moda da Juventude Hitlerista. Despertando aplausos histéricos por parte de senhoras defensoras e partidárias do rouba, mas faz, da mesma forma da “marcha com deus e a família”, ao lado de Ademar de Barros, para derrubar Jango em 1964. Fernando Jordão, apesar de não ter lido uma linha de Goebbels, aprendeu bem a lição nazista e vem utilizado-a de modo eficaz. Ao fundo, o grito silencioso de centenas de mães que vêem seus filhos assinados, que sem perspectiva de vida partem para o crime. (leiam o próprio semanal que sustenta esse governo nazista esta semana).
As escolas desmontadas, os hospitais lotados de doenças sanitárias, a fila do transporte coletivo, o pai de família sem emprego.
E Angra dos Reis ficou melhor.
Fernando Jordão provou que a lição do nazista Joseph Goebbels está provada: “Repita uma mentira muitas vezes...

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Salvamento financeiro: A cleptocracia dos EUA em ação

Este artigo,por MICHAEL HUDSON, foi escrito em data anterior ao novo salvamento (mais de US$700 bilhões) de bancos arruinados, anunciado sábado 20 de Setembro pelo secretário do Tesouro Henry Paulson.

por Michael Hudson
Ninguém esperava que o capitalismo industrial acabasse assim. Ninguém sequer percebeu que evoluía nesta direcção. Receio que esta falha não seja invulgar entre futurólogos: A tendência natural é pensar acerca de como as economias podem crescer melhor e evoluir, não de como podem ser descarriladas. Mas surge sempre uma estrada imprevista, e então a sociedade arrebenta-se contra a sua margem.

Que par de semanas! [1]

Domingo, 7 de Setembro, o Tesouro assumiu a exposição hipotecária de US$5,3 milhões de milhões (trillion) da Fannie Mae e do Freddie Mac, cujos responsáveis já haviam sido removidos por fraude contabilística.

Segunda-feira, 15 de Setembro, a Lehman Brothers entrou em bancarrota, quando compradores em perspectiva da Wall Street não puderam ter qualquer sentimento de realidade a partir da sua contabilidade financeira. Na quarta-feira o Federal Reserve concordou em tornar bom, por pelo menos US$85 mil milhões, os pretensos prêmios "segurados" possuídos por jogadores financeiros que em transações conduzidas por computadores apostaram em hipotecas lixo e compraram cobertura de contraparte da AIG (o American International Group, cujo responsável, Maurice Greenberg, já havia sido afastado há uns poucos anos por fraude contabilística).

Mas é a sexta-feira, 19 de Setembro, que ficará na história americana como o ponto de viragem da queda. A Casa Branca comprometeu pelo menos a metade de um milhão de milhões (half a trillion) a mais para reinflacionar os preços do imobiliário numa tentativa de apoiar o valor de mercado das hipotecas lixo – hipotecas emitidas muito além da capacidade dos devedores para pagar e muito acima do preço de mercado do colateral que está a ser comprometido.

Este milhares de milhões de dólares foram destinado a manter um sonho vivo – as ficções contabilísticas registadas por companhias que entraram num mundo irreal baseado na falsa contabilidade que praticamente todos no sector financeiro sabiam ser falsa. Mas eles fingiram acreditar, com a compra e venda de hipotecas lixo empacotadas, porque era aí que estava o dinheiro. Como colocou Charles Prince, do Citibank: "Enquanto eles tocam música, você tem de levantar e dançar". Mesmo depois de os mercados entrarem em colapso, administradores de fundos que evitavam participar foram acusados de não jogar o jogo enquanto ele estava em andamento. Tenho amigos na Wall Street que foram despedidos por não corresponderem aos retornos que os seus colegas estavam a fazer. E os maiores retornos eram para ser feitos na comercialização do maior activo financeiro da economia – dívida hipotecária. As hipotecas empacotadas, possuídas ou garantidas pela Fannie e pelo Freddie sozinhas excediam toda a dívida nacional dos EUA – os défice acumulados incorridos pelo governo americano desde que o país venceu a Guerra Revolucionária!

Isto dá uma ideia de quão grande foi o salvamento – e onde jazem as prioridades do governo (ou pelo menos dos republicanos)! Ao invés de despertar a economia para a realidade, o governo lançou todos os seus recursos na promoção do sonho irreal de que as dívidas podem ser pagas – se não pelos próprios devedores, então pelo governo – o que é um eufemismo para "contribuintes".

BANKSTERS = BANQUEIROS + GANGSTERS

Da noite para o dia, o Tesouro e a Reserva Federal dos EUA mudaram radicalmente o carácter do capitalismo americano. Isto é nada menos que um golpe de Estado da classe que Franklin Dellano Roosevelt chamou de "banksters" (banqueiros+gangsters). O que aconteceu nas últimas duas semanas ameaça mudar o próximo século – irreversivelmente, se eles puderem escapar impunes disto. Trata-se da maior e mais iníqua transferência de riqueza desde a dádiva de terra aos barões dos caminhos de ferro durante a era da Guerra Civil.

Mesmo assim, há poucos sinais de que isso possa acabar com a tagarelice de livre mercado dos insiders financeiros que impediram a vigilância pública com a nomeação de não-regulamentaristas para as principais agências regulamentares – e portanto criaram a confusão que o secretário do Tesouro Henry Paulson diz agora ameaçar os depósitos bancários e os empregos de todos os americanos. O que ele realmente quer dizer, naturalmente, é simplesmente que os maiores contribuidores para as campanhas dos republicanos (e para ser justo, também os maiores contribuidores de candidatos democratas em comitês financeiros chave).

Uma classe cleptocrática tomou o comando da economia e substituiu o capitalismo industrial. A expressão "banksters" de Franklin Roosevelt diz tudo numa palavra. A economia foi capturada – por um poder estranho, mas não os suspeitos habituais. Não socialismo, trabalhadores ou "big government", nem pelos monopolistas industriais ou mesmo pelas grandes famílias da banca. Certamente não pelos membros da Maçonaria e pelos Iluminati. (Seria magnífico se houvesse na verdade algum grupo a operar com séculos de sabedoria por trás de si, assim pelo menos alguém teria um plano). Ao invés disso, os banksters fizeram um pacto com um poder estranho – não comunistas, russos, asiáticos ou árabes. Não humanos de todo. O núcleo do grupo é uma nova raça de máquina. Isto pode soar como os filmes Terminator, mas Máquinas computadorizadas na verdade tomaram o comando do mundo – pelo menos o mundo da Casa Branca.

Aqui está como eles fizeram isto. A AIG emitiu apólices de seguro de todas as espécies necessárias para pessoas e negócios: seguros de casas e propriedade, seguros de gado, mesmo de leasing de aviões. Estes negócios altamente lucrativos não constituíam o problema. (Eles portanto serão vendidos para pagar os maus jogos da companhia). A queda da AIG veio dos US$450 mil milhões – quase a metade de um milhão de milhões – que estavam enganchados por garantir o seguro de contraparte de hedge funds. Por outras palavras, se dois participantes jogassem um jogo de soma zero de apostas de um contra o outro sobre se o dólar subiria ou cairia contra a libra esterlina ou o euro, ou se eles detivessem uma carteira de hipotecas lixo para assegurar que elas fossem pagas, eles pagariam uma pequeníssima comissão à AIG por uma apólice prometendo pagar se, digamos os US$11 milhões de milhões do mercado hipotecários dos EUA "afundasse" ou se perdedores que colocassem milhões de milhões de dólares em apostas sobre câmbios estrangeiros derivativos, ações ou títulos derivativos devessem de alguma forma encontrar-se na posição em que estão muitos patrões de Las Vegas, e ficarem incapazes de produzir o cash para cobrir as suas perdas.

A MÃO INVISÍVEL

A AIG arrecadou milhares de milhões de dólares com tais apólices. E graças ao fato de que companhias de seguro são um paraíso Milton Friedman – não regulamentadas pelo Federal Reserve ou qualquer outra agência à escala nacional, e portanto capazes de obter o proverbial almoço gratuito sem supervisão do governo – a emissão de tais apólices era feita pelas impressoras dos computadores, e a companhia arrecadava taxas e comissões maciças sem colocar muito do seu próprio capital. Isto é o que se chama "auto-regulação". É como se supõe que trabalhe a Mão Invisível.

Verificou-se, inevitavelmente, que algumas das instituições financeiras que fizeram jogos de milhares de milhões de dólares – habitualmente na forma de um milhar de milhão de dólares jogados no decorrer de uns poucos minutos ou pouco mais – não podiam pagar. Todos estes jogos ocorreram em microssegundos, com toques num teclado quase sem interferência humana. Neste sentido, não é improvável que pessoas estranhas tomem o comando. Mas neste caso elas são como máquinas robot, daí a analogia que fiz acima com os Terminators.

Sua súbita dominação é tão imprevista quanto uma invasão de marcianos. A analogia mais próxima é a dos boys de Harvard, do Banco Mundial e da USAID a invadirem a Rússia e outras economias pós-soviéticas após a dissolução da URSS, pressionando dádivas do mercado livre a fim de criar cleptocracias nacionais. Deveria ser um sinal preocupante para os americanos o fato de estes cleptocratas terem-se tornado as Fortunas Fundadoras dos seus respectivos países. Deveríamos ter em mente a observação de Aristóteles de que a democracia é a etapa política que precede imediatamente a oligarquia.

As máquinas financeiras que colocaram as transações que levaram a AIG à bancarrota foram programadas por administradores financeiros para atuarem com a velocidade da luz na condução de transações eletrônicas que duravam apenas uns poucos segundos, milhões de vezes por dia. Só uma máquina podia calcular probabilidades matemáticas decompostas em fatores a olhar os rabiscos para cima e para baixo de taxas de juro, taxas de câmbio e preços de ações e títulos – e preços de hipotecas empacotadas. E estes últimos pacotes tomavam cada vez mais a forma de hipotecas lixo, pretendendo serem dívidas pagáveis mas na realidade vazias.

CAPITALISMO DE CASINO

A máquinas empregadas pelos hedge funds, em particular, deram um novo significado a Capitalismo de Cassino. A expressão foi muito aplicada a especuladores que jogavam no mercado de ações. Ela significa fazer apostas cruzadas, perder algo e ganhar algo – e o obter do governo o salvamento dos não pagadores. A viragem na tempestade das últimas duas semanas é que os vencedores já não podem arrecadar as suas apostas a menos que o governo pague as dívidas que os perdedores são incapazes de cobrir com o seu próprio dinheiro.

Alguém poderia pensar que isto exige algum grau de controle sobre o governo. A atividade provavelmente nunca deveria ter sido licenciada. De fato, ele nunca licenciou, e portanto nunca regulamentou. Mas parecia haver uma boa razão: os investidores em hedge funds tinham de assinar um papel a dizer que eram suficientemente ricos para se permitirem perder o seu dinheiro neste jogo financeiro. Aos pequenos investidores médios não era permitido participar. Apesar dos altos prêmios que milhões de minúsculas transações geravam, elas eram consideradas demasiado arriscadas para os não iniciados sem fundos confiáveis para jogar.

Um hedge fund não faz dinheiro a produzir bens e serviços. Ele não avança fundos para comprar ativos reais ou mesmo emprestar dinheiro. Ele toma emprestados enormes somas para alavancar sua aposta com crédito praticamente livre. Seus administradores não são engenheiros industriais e sim matemáticos que programam computadores para fazerem apostas cruzadas ou "straddles’[2] quanto ao caminho em que se podem mover taxas de juros, taxas de câmbio de divisas e preços de ações ou títulos – ou preços de hipotecas bancárias empacotadas. Os empréstimos empacotados podem ser saudáveis ou podem ser lixo. Isso não importa. Tudo o que importa é fazer dinheiro num mercado em que a maior parte das transações dura apenas uns poucos segundos. O que cria os ganhos é a fibrilação-volatilidade dos preços.

Esta espécie de transação pode fazer fortunas, mas não é "criação de riqueza" na forma que a maior parte da pessoas reconhece. Antes da fórmula matemática de Black-Scholes para o cálculo do valor de apostas hedge, esta espécie de opção put and call era demasiado custosa para proporcionar muito lucro para quem quer que seja exceto as casas corretoras. Mas a combinação de computadores poderosos e a "inovação" do crédito quase grátis e o livre acesso às tabelas do jogo financeiro fizeram possível um frenético movimento de ida e volta.

Então, por que o Tesouro considerou necessário entrar neste quadro? Por que deveriam estes jogadores serem salvos se eles tinham bastante dinheiro para perder sem se tornarem protegidos públicos? O comércio do hedge fund era limitado aos muito ricos, a bancos de investimento e outros investidores institucionais. Mas ele tornou-se um dos meios mais fáceis para fazer dinheiro, tomando emprestado financiamento a juro para que as pessoas os pagassem a partir das suas transações cruzadas conduzidas pelo computador. E quase tão rapidamente quanto era feito, este rendimento era pago em comissões, salários bônus anuais que recordavam a Era Dourada da América nos anos anteriores à I Guerra Mundial – anos antes de o imposto sobre o rendimento ser introduzido, em 1913. A coisa notável acerca de todo este dinheiro era que aqueles que o recebiam não tinham nem mesmo de pagar o imposto do rendimento normal sobre ele. O governo deixava-os chamar a isto "ganhos de capital", o que significava que o dinheiro era tributado a apenas uma fração da taxa a que os demais rendimentos eram onerados.

A pretensão, naturalmente, é que toda esta comercialização frenética cria "capital" real. Ela certamente não o faz no sentido clássico do século XIX de capital. O termo foi desconectado da produção de bens e serviços, contratação de trabalho assalariado ou da inovação financeira. Isto é "capital" na mesma medida do direito de dirigir uma lotaria e arrecadar os prêmios dos esperançosos perdedores. Mas assim, cassinos desde Las Vegas até barcos ancorados em rios tornaram-se uma importante "indústria em crescimento", turvando na linguagem as palavras capital, crescimento e a própria riqueza.

Para as tabelas de jogo serem fechadas e o dinheiro ser pago, os perdedores devem ser salvos – Fannie Mae, Freddie Mac, AIG e quem sabe o que mais está para vir? Isto é o único meio de resolver o problema de como companhias que já pagaram o rendimento aos seus administradores e acionistas ao invés de colocá-lo nas reservas irão arrecadar seus prêmios de devedores e companhias de seguros insolventes (juntamente com as habituais contribuições patrióticas para os políticos candidatos nos comitês chave encarregados de decidir a estruturação financeira do país).

Isto tem de ser orquestrado com muita antecipação. É necessário comprar políticos e dar-lhes uma história de cobertura plausível (ou pelo menos um bem carpinteirado conjunto de eufemismos testados em inquéritos de opinião) para explicar aos eleitores porque era do interesse público salvar jogadores. É necessária boa retórica para explicar porque o governo deveria deixá-los entrar no cassino e deixá-los manter todos os seus prêmios enquanto utilizam fundos públicos para tornar boas as perdas dos seus contrapartes.

O que aconteceu em 18-19 de Setembro levou anos a ser preparado, tudo encapelado por uma falsa ideologia carpinteirada por think tanks de relações públicas para ser difundida sob condições de emergência a fim de por em pânico o Congresso – e os eleitores – exatamente antes da eleição presidencial. Isto parece ser a nossa surpresa eleitoral de Setembro. Sob condições de crise encenadas, o pres. Bush e o secretário do Tesouro Paulson estão agora a conclamar o país para se unir numa Guerra aos proprietários em incumprimento (War on Defaulting Homeowners). Dizem ser a única esperança para "salvar o sistema". (Que sistema é este? Não capitalismo industrial, ou mesmo bancário tal como o conhecemos). A maior transformação do sistema financeiro da América desde a Grande Depressão foi comprimida em apenas duas semanas, arrancando com a duplicação da dívida nacional dos EUA em 7 de Setembro com a nacionalização da Fannie Mae e do Freddie Mac. (O corretor ortográfico do meu computador não me permitirá utilizar o eufemismo "conservartorship" que o sr. Paulson aplicou ao salvamento dos fraudadores da Fannie Mae e do Freddie Mac

A teoria econômica costumava explicar que lucros e juros eram um retorno para o risco calculado. Mas hoje, o nome do jogo é ganhos de capital e jogo computadorizado sobre a direção das taxas de juros, divisas estrangeiras e preços de ações – e quando são feitas más apostas, salvamentos são o retorno econômico calculado conforme contribuições para campanhas. Mas supõe-se que este não seja o momento para conversar de tais coisas. "Devemos atuar agora para proteger a saúde econômica do nosso país de riscos sérios", recitou o pres. Bush em 19 de Setembro. O que ele queria dizer era que a Casa Branca devia ajudar o maior grupo de contribuidores de campanha do Partido Republicano – isto é, a Wall Street – salvando-os das suas más apostas. "Haverá ampla oportunidade para debater as origens deste problema. Agora é o momento de resolvê-lo". Por outras palavras, não fazer disto uma questão eleitoral. "Na história do nosso país tem havido momentos que exigiram de nós atuarmos em conjunto acima dos partidos para tratar de grandes desafios. Este é um de tais momento". Exatamente antes da eleição presidencial! A mesma insolência foi ouvida antes, na manhã de sexta-feira, do secretário Paulson: "Nossa saúde econômica exige que trabalhemos juntos para a correção, acepção bipartidária". Os noticiários disseram que metade de um milhão de milhões (half a trillion) de dólares estavam em discussão nas manobras desse dia.

Grande parte da culpa deveria caber à administração Clinton por liderar o apelo à revogação do Glass-Steagall, em 1999, deixando os bancos fundirem-se com os cassinos. Ou melhor, os cassinos absorveram os bancos. Foi isto o que colocou as poupanças dos americanos em risco.

OUTRA BOLHA EM PREPARAÇÃO

Mas será que isto realmente significa que a única solução é reinflacionar o mercado imobiliário? O plano Paulson-Bernanke é para capacitar os bancos a venderem os lares de cinco milhões de devedores hipotecários confrontados com incumprimentos ou arrestos ainda este ano! Possuidores de casas com "hipotecas com taxa ajustável a explodir" perderam suas casas, mas o Fed bombeará suficiente crédito para dentro das agências de concessão de empréstimos hipotecários a fim de permitir que novos compradores entrem profundamente em dívida para retirar as hipotecas lixo das mãos dos jogadores que atualmente as possuem. É o momento de outra bolha financeira e imobiliária para salvar os prestamistas e empacotadores de hipotecas lixo.

Os Estados Unidos entraram numa nova guerra – uma Guerra para salvar comerciantes computadorizados de derivativos. Tal como a guerra do Iraque, ela baseia-se em grande parte sobre ficções e entramos nela sob condições aparentemente de emergência – para a qual a solução tem pouca relação com a causa subjacente dos problemas. Nos terrenos da segurança financeira o governo está para tornar boas as empacotadas obrigações colaterizadas de dívida (CDOs) a que Warren Buffett chamou "armas de destruição financeira maciça".

Longe de ser surpresa, esta dádiva de dinheiro público está a ser manipulada pelo mesmo grupo que tão piedosamente advertiu o país acerca de armas de destruição maciça no Iraque. O pres. Bush e o secretário do Tesouro Paulson anunciaram piedosamente que esta não é a ocasião para desacordos partidários sobre esta comutação de dinheiro público em favor dos credores, ao invés dos devedores. Não há tempo para tornar o maior salvamento da história uma questão eleitoral. Não há tempo adequado para debater se é uma coisa boa re-inflacionar os preços da habitação a um nível que continuará a obrigar novos compradores de casa a incidirem tão profundamente no endividamento que deverão pagar uns 40 por cento do seu salário líquido na habitação.

Lembram-se de quando o presidente Bush e Alan Greenspan informaram ao povo americano que não havia dinheiro para pagar a Segurança Social (para não mencionar o Medicare) porque em alguma data futura (uma década a partir de agora? 20 anos? 40 anos?) o sistema poderia incorrer num défice que atualmente parece ser meramente de um trivial milhão de milhões de dólares distribuídos ao longo de muitos e muitos anos? A moral era que se não podemos imaginar como pagar, vamos trabalhar arduamente desde já.

Os srs. Bush e Greenspan arranjaram uma solução providencial, naturalmente. O Tesouro podia transferir dinheiro da Segurança Social e do seguro médico para o Bear Stearns, Lehman Brothers e seus irmãos para investir na "mágica do juro composto".

O que teria acontecido à Segurança Social dos EUA se isto tivesse sido feito? Talvez devêssemos ver os acontecimentos das últimas duas semanas como tendo destinado aos jogadores da Wall Street todo o dinheiro que fora posto de lado desde que em 1983 a Comissão Greenspan comutou o fardo fiscal para a retenção sobre o salários para o Federal Insurances Contributions Act (FICA). Não são os aposentados que estão a ser resgatados e sim os investidores da Wall Street que assinaram papeis a dizer que podiam permitir-se perder o seu dinheiro. O slogan republicano neste mês de Novembro deveria ser: "Jogo seguro, não saúde segura".

Não era assim que o muito louvado "Caminho da servidão" ("Road to Serfdom") estava programado para funcionar. Frederick Hayek e seus Chicago Boys insistiam em que a servidão viria do planejamento governamental e da regulamentação. Esta visão punha de pernas para o ar os reformados clássicos da Era Progressista que descreviam o governo a atuar como cérebro da sociedade, a pilotar o mecanismo para moldar mercados.

A teoria da democracia repousava na suposição de que os eleitores atuariam no seu próprio interesse. Reformadores do mercado fizeram a feliz suposição semelhante de que consumidores, poupadores e investidores promoveriam crescimento econômico ao atuarem com pleno conhecimento e entendimento da dinâmica em ação. Mas a Mão Invisível verificou-se ser fraude contabilística, empréstimos hipotecários lixo, negócios de iniciados e um fracasso em relacionar a sobrecarga de dívida em ascensão com a capacidade dos devedores para pagar – toda esta confusão aparentemente legitimada por modelos computadorizados de comercialização, e agora abençoada pelo Tesouro.