terça-feira, 19 de janeiro de 2010

DEUS MOEDA



Leiam com atenção, em forma de estudo, o que KARL MARX pensou e definiu o que representa o dinheiro.
Esse texto retirado da sua obra “manuscritos econômico-filosóficos” demonstra o quanto MARX entende a essência humana.

[...] Eu, se não tenho dinheiro para viajar, não tenho necessidade alguma, isto é, nenhuma necessidade efetiva e efetivando-se de viajar. Eu, se tenho vocação para estudar, mas não tenho dinheiro algum para isso, não tenho vocação para estudar, isto é, nenhuma vocação efetiva, verdadeira. Se eu, ao contrario, não tenho vocação alguma para estudar, mas tenho a vontade e o dinheiro, tenho para isso uma vocação efetiva.
O dinheiro (enquanto exterior, não oriundo do homem enquanto homem, nem da sociedade humana enquanto sociedade), meio e capacidade universais, faz da representação efetividade e da efetividade uma pura representação, transforma igualmente as forças essenciais humanas efetivas e naturais em puras representação abstrata e, por isso, em imperfeições, angustiantes fantasias, assim como, por outro lado, transforma as efetivas e fantasias, as suas forças essenciais realmente impotentes que só existe na imaginação do indivíduo, em forças essenciais efetivas e efetiva capacidade.
Já segundo esta determinação o dinheiro é, portanto, a inversão universal da individualidade, que ele converte no seu contrário e que aos seus atributos contraditórios. Enquanto tal poder inversor, o dinheiro se apresenta também contra o indivíduo e contra os vínculos sociais etc., que pretende ser, para si, essência. Ele transforma fidelidade em infidelidade, amor em ódio, ódio em amor, a virtude em vicio, o vicio em virtude, o servo em senhor, o senhor em servo, a estupidez em entendimento, o entendimento em estupidez [...]

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

HAITI e ANGRA: "PACTO COM O DIABO"



O racismo acaba de atingir profundidades nunca imaginadas pelo conde Gobineau. O reverendo Pat Robertson, um fanático da extrema-direita americano, acaba de dar a sua "explicação" para o terremoto que assolou o Haiti. Diz ele que se trata de um castigo divino pelo fato de 200 anos atrás os escravos haitianos terem-se rebelado e libertado dos seus amos franceses fundando a primeira República no Caribe. Para Robertson, os haitianos estão pagando pelo pacto que fizeram com o Diabo para se libertarem da escravidão.

E, olha que a estupidez é contagiosa. O bispo espanhol José Ignacio Munilla minimiza a catástrofe. Assevera ele que "há males maiores que o do Haiti, como a nossa situação espiritual" (sic).

Daqui a pouco, a nossa presidente fundamentalista da CMAR vai dizer que a desgraça que atingiu o Morro da Carioca é devida à existência de templos religiosos afro-brasileiros na localidade.

sábado, 16 de janeiro de 2010

O FRAGELO DA CORRUPÇÃO

Vivemos em uma fase do Capitalismo em que a corrupção passeia em todos os segmentos da sociedade, com a mesma tranqüilidade que seus agentes são reverenciados e admirados pela sociedade. Ser corrupto no Brasil é sinônimo de normalidade, como que se a doença da corrupção fosse uma necessidade social.
O que mais choca é que a sociedade não impõe o mesmo rigor no combate à corrupção quanto faz com o combate ao nefasto tráfico de drogas.
É fundamental afirmar, quantas vezes forem necessárias, que a corrupção mata mais que o tráfico de drogas; aliais, é bom que se diga que o tráfico de drogas e a corrupção são irmãs gêmeas da mesma mãe.
Os fatos veiculados pela mídia gorda nas ultimas semanas, demonstram que os três poderes da Republicas estão contaminados pela corrupção. No entanto dizer que este mal é privilegio do Brasil é no mínimo ingênuo, deveríamos adotar métodos mais eficazes no combate a corrupção, como por exemplo: prisão sumária e a revogação do privilegia da presunção de inocência para esse tipo de crime.
Contudo, a pergunta que não quer calar é a seguinte: será que a sociedade brasileira quer combater a corrupção?

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

MORRER LENTAMENTE


Nada melhor para atenuar nossas aflições diante das tragédias que têm desabado sobre nossa querida Angra dos Reis do que a poesia de Pablo Neruda.
Dedico essa bela poesia de Neruda a todos aqueles de perderam entes queridos e vivem a angustia de ter que construir uma nova vida.


"Morre lentamente quem não viaja, quem não lê,
quem não ouve música,
quem não encontra graça em si mesmo.

Morre lentamente quem destrói o seu amor-próprio,
quem não se deixa ajudar,
morre lentamente quem se transforma em escravo do hábito,
repetindo todos os dias os mesmos trajetos, quem não muda de marca,
não se arrisca a vestir uma nova cor
ou não conversa com quem não conhece.

Morre lentamente quem faz da televisão o seu guru.

Morre lentamente quem evita uma paixão,
quem prefere o negro sobre o branco e os pontos sobre os "is" em detrimento de um redemoínho de emoções,
justamente as que resgatam o brilho dos olhos, sorrisos dos bocejos, corações aos tropeços e sentimentos.

Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz com o seu trabalho,
quem não arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um sonho,
quem não se permite pelo menos uma vez na vida a fugir dos conselhos sensatos.

Morre lentamente, quem passa os dias queixando-se da sua má sorte ou da chuva incessante...
Morre lentamente, quem abandona um projeto antes de iniciá-lo,
não pergunta sobre um assunto que desconhece
ou não responde quando lhe indagam sobre algo que sabe.
Evitemos a morte em doses suaves, recordando sempre que estar vivo exige um esforço muito maior que o simples fato de respirar.
Somente a perseverança fará com que conquistemos um estágio pleno de felicidade"

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

A MALDIÇÃO DO DEMAGOGO JORDÃO.

Em 1999 estive no Morro do Bulé, um plano horizontal localizado entre o Morro da Carioca e Morro do Santo Antônio que se estende até a Enseada na Baia de Ribeira, e ali constatei que existiam menos de meia dúzia de casas. Hoje vendo as imagens dos helicópteros percebo que lá existem centenas de residência.
Em menos de uma década ocorreu uma ocupação desordenada que pôs em risco todo o Centro de Angra dos Reis, por culpa da irresponsabilidade do demagogo e apedeuta Fernando Jordão.
Em 2001, logo após assumir o seu nefasto governo, o irresponsável ETERNO PREFEITO resolveu instalar rede de eletrificação e construir escadas de acesso no Morro do Bulé, promovendo com isso a ocupação em massa da localidade.
Com as construções irregulares e a ausência de uma rede de esgoto a solução dos moradores foi fazer sumidouros de esgoto no cume do morro, o que ocasionou um acúmulo de umidade em toda a extensão dos Morros da Carioca e Santo Antônio.
Além disto, os depósitos de lixo em torno da residência e o liquido decorrente deste e dos sumidouros de esgoto formaram colônias de bactéria anaeróbicas que provocaram o descolamento das raízes das arvores em torno da encosta, facilitando assim o desastre natural do desabamento das encostas.
Fernando Jordão é o verdadeiro culpado pela desgraça que se abateu sobre nossa amada Angra dos Reis, e as autoridades deveriam investigar toda a extensão da sua responsabilidade, para que ele responda com o rigor da lei!