sexta-feira, 9 de maio de 2008

MARX ETERNO


Para os reacionários que decretaram a morte do marxismo, está sendo uma tortura, a entrada da economia norte-americana na fase de recessão, como demonstram os fatos, a impressionante atualidade das previsões de Marx quanto ao caráter cíclico das crises no sistema capitalista é incontestável. É verdade que os capitalistas acumularam experiências para modificar o ciclo e retardar ou diminuir o efeito das crises econômicas, mas, a irresponsabilidade da atual administração do império americano com a sua política de guerra e redução das garantias do trabalho, financiada com um dólar cada vez mais enfraquecido, tem criado uma situação insustentável para o capitalismo, que longe de criar uma sociedade mais justa, promove a injustiça em favor do lucro.
Fala-se, e com razão, de que a crise do capitalismo por si só não significará o fim do sistema, que a economia norte-americana tem a capacidade de ultrapassar a crise e que só a luta dos povos ultrajados, incluído naturalmente o próprio povo norte-americano, poderá acabar com o sistema de dominação e escravidão imperialista.
Entretanto, uma crise de grandes proporções como aquela que parece avizinhar-se traria mudanças inevitáveis na política tanto interna como externa dos Estados Unidos e influiria consideravelmente nos seus aliados imperialistas da Europa.
Recordemos a crise de 1929, os seus efeitos devastadores à escala mundial, e o surgimento na política dos Estados Unidos de uma figura como Franklin Delano Roosevelt e seu New Deal a fim de enfrentar os agudos problemas sociais agravados por aquela crise.
O que virá após a crise que se instala não sabemos e nem Marx previu.
Enquanto isso, o Brasil insiste em ter um sistema de desenvolvimento atrelado ao imperialismo. Que saudades dos estadistas-nacionalistas desta pátria nada gentil!

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