“Todo camburão tem um pouco de navio negreiro”.
(Marcelo Yuka)
A Revolução Francesa inaugura o sonho da liberdade, o homem passa definitivamente a ocupar o centro do Universo, não existem mais reis nem rainhas pela inspiração divina, os homens passam a ser dono de seu próprio destino. A nova ordem busca os ideais iluministas e o positivismo passa a gerir a ordem burguesa no século XIX e XX.
No Brasil, no entanto, apesar da Revolução de 30 capitaneada por Getulio Vargas e de todos os avanços sociais alcançados nos dois períodos da era Vargas, a escravidão nunca saiu do imaginário popular.
A reforma agrária morre com o golpe militar de 1964, o sonho de uma educação de qualidade para o nosso povo morre com a vitória de Moreira Franco sobre DARCY RIBEIRO nas eleições estaduais de 1986, o PT, com exceção de uma minoria de intelectuais, se rende ao neoliberalismo.
E para o povo sobrou à violência e a miséria das favelas.
Como advogado estou cansado de ver pessoas descendentes de escravos apodrecerem nas cadeias, sem sequer uma prova contundente do delito que foi acusado; são condenados simplesmente por não possuírem recursos para contratar bons advogados, enquanto criminosos sanguinários pertencentes à elite econômica nunca são punidos por possuírem dinheiro proveniente da pilhagem do erário.
Qual a diferença do traficante TUCHINHA morador da favela da Mangueira e do traficante JHONY (o filme) nascido na classe-média, é muito simples: quem nasce na favela é visto como um cidadão de terceira categoria, que não merece o respeito da sociedade, que é sempre taxado preconceituosamente como um marginal em potencial; enquanto aquele delinqüente que pertence à classe-média é visto como uma pessoa recuperável.
Há nesse aspecto toda uma ideologia dominante, que visa sistematicamente oprimir os excluídos das favelas. Da mesma forma que os senhores de engenho temiam a rebelião de escravos, a classe-média e a elite brasileira temem uma possível organização das massas excluídas, não somente dos favelados, mas também dos Sem-Terras.
A retórica da mídia gorda é sempre a mesma: mostrar as ações negativas dos excluídos, exaltando a violência policial e omitindo as experiências positivas das organizações populares nos bairros periféricos e dos Sem-Terras no campo.
Quando teremos novamente um governo como Vargas que pense um Brasil para servi seu povo e não ao capital estrangeiros?
(Marcelo Yuka)
A Revolução Francesa inaugura o sonho da liberdade, o homem passa definitivamente a ocupar o centro do Universo, não existem mais reis nem rainhas pela inspiração divina, os homens passam a ser dono de seu próprio destino. A nova ordem busca os ideais iluministas e o positivismo passa a gerir a ordem burguesa no século XIX e XX.
No Brasil, no entanto, apesar da Revolução de 30 capitaneada por Getulio Vargas e de todos os avanços sociais alcançados nos dois períodos da era Vargas, a escravidão nunca saiu do imaginário popular.
A reforma agrária morre com o golpe militar de 1964, o sonho de uma educação de qualidade para o nosso povo morre com a vitória de Moreira Franco sobre DARCY RIBEIRO nas eleições estaduais de 1986, o PT, com exceção de uma minoria de intelectuais, se rende ao neoliberalismo.
E para o povo sobrou à violência e a miséria das favelas.
Como advogado estou cansado de ver pessoas descendentes de escravos apodrecerem nas cadeias, sem sequer uma prova contundente do delito que foi acusado; são condenados simplesmente por não possuírem recursos para contratar bons advogados, enquanto criminosos sanguinários pertencentes à elite econômica nunca são punidos por possuírem dinheiro proveniente da pilhagem do erário.
Qual a diferença do traficante TUCHINHA morador da favela da Mangueira e do traficante JHONY (o filme) nascido na classe-média, é muito simples: quem nasce na favela é visto como um cidadão de terceira categoria, que não merece o respeito da sociedade, que é sempre taxado preconceituosamente como um marginal em potencial; enquanto aquele delinqüente que pertence à classe-média é visto como uma pessoa recuperável.
Há nesse aspecto toda uma ideologia dominante, que visa sistematicamente oprimir os excluídos das favelas. Da mesma forma que os senhores de engenho temiam a rebelião de escravos, a classe-média e a elite brasileira temem uma possível organização das massas excluídas, não somente dos favelados, mas também dos Sem-Terras.
A retórica da mídia gorda é sempre a mesma: mostrar as ações negativas dos excluídos, exaltando a violência policial e omitindo as experiências positivas das organizações populares nos bairros periféricos e dos Sem-Terras no campo.
Quando teremos novamente um governo como Vargas que pense um Brasil para servi seu povo e não ao capital estrangeiros?
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