sábado, 31 de maio de 2008

SER OU NÃO SER


O que é ser politizado?
Ser politizado é compreender o funcionamento das relações de poder em cada esfera da sociedade humana e no mundo como um todo. É entender que, no oculto das relações de mercado há exploração dos fracos e oprimidos. Que, a partir das eleições e troca de votos, existem relações de dominação. Que, das informações da mídia nasce o processo de alienação; ou melhor, origina a “imbecialização” do cidadão médio em detrimento do bem comum.
Ser politizado, hoje em dia, é compreender que o objetivo das relações capitalistas de acumulação de riqueza e exploração do trabalho é a criação das desigualdades entre os homens; como bem nos ensinou Karl Marx. Representa entender o mundo submisso a hegemonia do imperialismo dos EUA, baseada na força militar e na propaganda da horrorosa forma de vida consumista americana.
Ser politizado é entender que tudo que existe foi produzido durante a história pelos homens. Ou melhor, que toda esta relação de exploração que nos atormenta foi feita pelos homens na relação intermediada pelo meio em que vivem. E que, portanto, tudo pode ser desfeito, para que possamos fazer um mundo melhor.
Ser politizado é entender que a fase atual do capitalismo e suas contradições fazem parte das leis da história desvendadas pôr Marx apesar de não ter conhecido o trator e o computador.
Ser politizado é entender que o apedeutismo, que tomou conta de cada aldeia, da cada cidade, de cada estado e do Brasil é uma etapa em extinção do capitalismo. Que Angra dos Reis não será refém eterna dos cleptocratas e dos apedeutas que formam a maioria da sua classe política.
E o que é ser despolitizado?
Já ser despolitizado é achar que as coisas são como são, porque sempre foram assim, e que, portanto, sempre serão. É considerar que as pessoas sempre querem tirar vantagens das relações, que todos os políticos são iguais e não possuem a grandeza de lutar desinteressadamente pelas causas populares.
Ser despolitizado é achar que a inteligência humanista de CONCEIÇÃO RABHA não faz parte de uma gloriosa luta pela emancipação humana, contra a exploração, a dominação, a discriminação e a alienação da miséria.
Ser despolitizado é dizer que todos são farinha do mesmo saco, que a história de coerência e luta de CONCEIÇÃO RABHA é comparável à arrogância de JOSÉ MARCOS CASTLHO e ao elitismo alienado e oligofrênico, porém esperto, de FERNANDO JORDÃO.
A diferença em ser e não ser politizado, muitas vezes está contida na coragem do cidadão de encarar a realidade, sabendo que de todas as lutas surgirão à reação contra. Que todos aqueles que desejam ser politizados, enfrentarão dificuldades em suas vidas, já que a luta exige sacrifícios. Contudo, se sentirem prazer nas batalhas queridos companheiros, venham ser politizados!

quinta-feira, 29 de maio de 2008

CABEÇA FEITA PELA MÍDIA


A criminóloga Vera Malaguti Batista criou uma expressão muito interessante para os efeitos que a mídia burguesa faz no cidadão mediano.
Segunda a intelectual, a grande mídia cria um processo de “IMBECIALIZAÇÃO” em seu público, o cidadão vê o programa Fantástico, se informa pela Veja e os grandes jornais, e pronto: está criado o imbecil médio nacional, impossibilitado de pensar criativamente.
Não é à-toa que Vera Malaguti é casada como o maior pensador da criminologia brasileira atual, o jurista e ex-governador do Rio de Janeiro Nilo Batista.

O CASTELO AINDA PODE RUIR


Estão lembrados da “Operação Gladiador” que foi deflagrada pela Polícia Federal em dezembro de 2007. Pois é, na ocasião somente foram presos policiais civis e militares rasos.
Ocorre que, dita “Operação Gladiador” serviu de ponto de partida para a deflagração da “Operação Segurança Pública S/A”, que resultou na prisão do deputado Álvaro Lins e na denúncia do ex-governador Antony Garotinho e tantas outras autoridades.
Foram 07 meses de investigação feita pela Polícia Federal, a partir da apreensão de documentos na “Operação Gladiador”.
Não quero fazer aqui nenhuma previsão futurista, mas, pelo volume de documentação apreendida e pelo numero de perícias feita na “Operação Cartas Marcadas”; virá com certeza nova operação policial. E certamente desta vez, será feita pela Polícia Federal.
Abram os olhos “autoridades” angrenses; há, uma muito escura viatura em cada porta!

DIREITA NO PODER


A Anistia Internacional, entidade mundial que luta à décadas pelos direitos humanos, classificou a política de segurança de Cabrazinho de “draconiana e belicosa”.
Não é de hoje, que há uma ordem mundial orientada para incriminar a pobreza, desde o inicio de década de 70, as garantias de bem estar do trabalhador, o chamado “fordismo”, vem sendo suprimida pela incriminação das massas desempregadas.
Referida política, baseia-se principalmente no tráfico de entorpecentes, que hoje é responsável pôr 80% dos encarcerados nas prisões brasileiras. Isso se da pela falta de emprego e o colossal aumento do exército de reserva das massas desempregadas nas periferias das grandes cidades do planeta.
Cabrazinho, como todo bom demagogo, demonstra-se insensível ao sofrimento do povo e adota a política fascista de combater os efeitos da criminalidade, sem fazer absolutamente nada para prevenir o crime.
Cabralzinho tem anseios de criar campos de concentração para os miseráveis, pois os guetos como o de Varsóvia já existem no Rio de Janeiro(Complexo do Alemão). Quem sabe, se ele chegar à Presidência da República, ele construa um grande campo de concentração no Rio!

terça-feira, 27 de maio de 2008

LIVRE OPINIÃO


Millôr Fernandes escreveu uma vez que, “imprensa é de oposição, o resto é armazém de secos e molhados”.
Essa genial constatação do magnífico jornalista, me fez pensar na mídia angrense e deduzir que nunca na história de Angra houve um veiculo de comunicação com tanta liberdade de expressão quanto os blogs.
As idéias expressas pela internet, tornam-se a cada dia uma febre contagiante entre os internautas.
Notem o Blog do Baltazar, percebam como o sucesso de uma comunicação bem humorada pode contribuir para a conscientização política dos jovens, que através das excelentes criticas cômica passam a se interessarem pela política local, e inclusive a lerem outros blogs.
Finalmente os cidadãos de bem podem oferecer suas opiniões, sem serem perseguidos pelos donos do poder!

EXCLUIDOS


“Todo camburão tem um pouco de navio negreiro”.
(Marcelo Yuka)

A Revolução Francesa inaugura o sonho da liberdade, o homem passa definitivamente a ocupar o centro do Universo, não existem mais reis nem rainhas pela inspiração divina, os homens passam a ser dono de seu próprio destino. A nova ordem busca os ideais iluministas e o positivismo passa a gerir a ordem burguesa no século XIX e XX.
No Brasil, no entanto, apesar da Revolução de 30 capitaneada por Getulio Vargas e de todos os avanços sociais alcançados nos dois períodos da era Vargas, a escravidão nunca saiu do imaginário popular.
A reforma agrária morre com o golpe militar de 1964, o sonho de uma educação de qualidade para o nosso povo morre com a vitória de Moreira Franco sobre DARCY RIBEIRO nas eleições estaduais de 1986, o PT, com exceção de uma minoria de intelectuais, se rende ao neoliberalismo.
E para o povo sobrou à violência e a miséria das favelas.
Como advogado estou cansado de ver pessoas descendentes de escravos apodrecerem nas cadeias, sem sequer uma prova contundente do delito que foi acusado; são condenados simplesmente por não possuírem recursos para contratar bons advogados, enquanto criminosos sanguinários pertencentes à elite econômica nunca são punidos por possuírem dinheiro proveniente da pilhagem do erário.
Qual a diferença do traficante TUCHINHA morador da favela da Mangueira e do traficante JHONY (o filme) nascido na classe-média, é muito simples: quem nasce na favela é visto como um cidadão de terceira categoria, que não merece o respeito da sociedade, que é sempre taxado preconceituosamente como um marginal em potencial; enquanto aquele delinqüente que pertence à classe-média é visto como uma pessoa recuperável.
Há nesse aspecto toda uma ideologia dominante, que visa sistematicamente oprimir os excluídos das favelas. Da mesma forma que os senhores de engenho temiam a rebelião de escravos, a classe-média e a elite brasileira temem uma possível organização das massas excluídas, não somente dos favelados, mas também dos Sem-Terras.
A retórica da mídia gorda é sempre a mesma: mostrar as ações negativas dos excluídos, exaltando a violência policial e omitindo as experiências positivas das organizações populares nos bairros periféricos e dos Sem-Terras no campo.
Quando teremos novamente um governo como Vargas que pense um Brasil para servi seu povo e não ao capital estrangeiros?

quarta-feira, 21 de maio de 2008

O AMIGO DA ONÇA


O Amigo da Onça desta semana é AURELIO MARQUES, o prefeitavel do PMDB em companhia de um pequeno grupo do diretório do partido, tenta desestabilizar o poder de comando do prefeito FJ.
Com pouquíssimas exceções, o diretório do PMDB é composto de fisiologistas que estão interessados nos seus ganhos pessoais. Sendo assim, o prefeito FJ que possui o chicote e o angu em ambas as mãos, domina plenamente os mortos de fome do PMDB.
Mas, façamos justiça, existe um pequeno grupo de históricos idealistas dentro do PMDB!

segunda-feira, 19 de maio de 2008

FOME UM TEMA PROIBIDO


Li no blog do comunicador Adelson Pimenta, sua indignação pela fome de nossa população miserável, talvez isto lhe faça entender o porquê da minha simpatia por Cuba, onde a população não come filé, mas, come!
Aliais, a ONU calcula que, das mais de 6 mil milhões de pessoas que vivem no planeta atualmente, cerca de um bilhão sofrem de fome canina. Mas este número, que é apenas uma estimativa grosseira, deixa de fora os que sofrem de deficiências vitamínicas e nutrientes e de outros tipos de subnutrição, a chamada fome crônica. O número total de pessoas sem uma alimentação regular, que se alimentam mal ou têm deficiência de nutrientes fundamentais, está provavelmente mais perto dos 3 bilhões – quase metade da humanidade. A gravidade desta situação avalia-se facilmente pela estimativa das Nações Unidas, feita há mais de um ano, de que morrem diariamente cerca de 18 000 crianças em conseqüência, direta ou indireta, da fome (Associated Press, 18.Fevereiro, 2007).
A razão por que as pessoas têm fome raras vezes é a escassez de produção. Isto é fácil de constatar nos Estados Unidos onde, apesar de a produção de alimentos ser maior do que as necessidades da população, a fome constitui um problema significativo. Segundo o Departamento da Agricultura americano, em 2006 havia mais de 35 milhões de pessoas a viver em lares com problemas de alimentação, incluindo 13 milhões de crianças. Devido à falta de alimentos, os adultos que viviam em mais de 12 milhões de lares não conseguiam comer refeições equilibradas e em mais de 7 milhões de lares havia sempre alguém que tinha rações mais pequenas ou deixava de fazer refeições. Em cerca de 5 milhões de lares, as crianças não tinham o suficiente para comer de vez em quando altura durante o ano. E isto tudo na Meca do capitalismo.
Também nos países pobres não é raro existirem grandes quantidades de alimentos desperdiçados e mal distribuídos no meio de uma fome generalizada e persistente. Há alguns anos um artigo do New York Times dava uma notícia com o seguinte título "Na Índia os pobres morrem de fome enquanto os excedentes de trigo apodrecem" (2/Dezembro/2002). E um cabeçalho do Wall Street Journal dizia em 2004 "Fome no meio da abundância, um paradoxo na Índia: Boas colheitas e aumento da fome" (25/Junho/2004). No Brasil não é diferente.
Os homens têm uma "necessidade biológica" de comida – todos nós precisamos de comida, tal como precisamos de água e de ar, para poder viver. É um fato sistemático da sociedade capitalista que há muita gente impedida de satisfazer esta necessidade vital. É verdade que alguns países ricos, em especial os Europeus, ajudam a alimentar os pobres, mas ao mesmo tempo a própria forma como o capitalismo funciona cria obrigatoriamente uma camada mais baixa da sociedade em que normalmente faltam as coisas básicas para a existência humana. Nos Estados Unidos há diversas iniciativas governamentais – como senhas de alimentos e programas de refeições escolares – destinadas a alimentar os pobres, que vêm diminuindo desde antes de Bush. Em conseqüência, o financiamento para esses programas não chega para satisfazer as necessidades dos pobres, e há várias obras de caridade que travam uma batalha inglória para tentar diminuir a fome.

Portanto, meu caro amigo Adelson, somente o socialismo porá fim na fome humana.

terça-feira, 13 de maio de 2008

ABOLIÇÃO INACABADA


O que dizer dos 120 anos da abolição, que o Brasil atual é tão injusto quanto o Brasil escravocrata (pergunte ao Criador, quem inventou esta aquarela, livre do açoite e da senzala, preso na miséria da favela).

Nada é mais atual que CASTRO ALVES.

“Existe um povo que a bandeira empresta
P'ra cobrir tanta infâmia e cobardia!...
E deixa-a transformar-se nessa festa
Em manto impuro de bacante fria!...
Meu Deus! meu Deus! mas que bandeira é esta,
Que impudente na gávea tripudia?
Silêncio. Musa... chora, e chora tanto
Que o pavilhão se lave no teu pranto! ...

Auriverde pendão de minha terra,
Que a brisa do Brasil beija e balança,
Estandarte que a luz do sol encerra
E as promessas divinas da esperança...
Tu que, da liberdade após a guerra,
Foste hasteado dos heróis na lança
Antes te houvessem roto na batalha,
Que servires a um povo de mortalha!...

Fatalidade atroz que a mente esmaga!
Extingue nesta hora o brigue imundo
O trilho que Colombo abriu nas vagas,
Como um íris no pélago profundo!
Mas é infâmia demais! ... Da etérea plaga
Levantai-vos, heróis do Novo Mundo!
Andrada! arranca esse pendão dos ares!
Colombo! fecha a porta dos teus mares”!

A pergunta que ecoa pelos séculos é a seguinte: quando teremos uma reforma agrária e uma educação popular de qualidade?

segunda-feira, 12 de maio de 2008

PRINCÍPIO DA MORALIDADE


O ministro AYRES BRITTO em seu discurso de posse da presidência do Tribunal Superior Eleitoral manifestou à prioridade de barra a homologação de candidatos com ficha suja nas próximas eleições municipais. Tudo indica que a limpeza moral será geral.
A esperança da cleptocracia é que o principio da presunção de inocência seja aplicado pelos tribunais eleitorais nas próximas eleições.

Porém, há que se analisar os princípios a serem aplicados: O principio da presunção de inocência é uma construção do direito positivo visando impedir as injustiças que ocorreram durante séculos de obscurantismo da Idade Média, onde pessoas eram queimadas em fogueiras por não acreditarem na “Santa Igreja Católica” e na tirania dos reis; enquanto que o principio da moralidade visa afastar da vida pública os ladrões do erário.

São dois princípios totalmente distintos, um visa preservar a liberdade e o contraditório e neste caso é evidente que deve prevalece à presunção de inocência, enquanto que o outro visa a otimização da administração pública, e neste caso é imperioso que quem não tem moral ilibada não deve ocupar cargo público.

Em Angra, onde a moralidade na política já foi jogada na lixeira faz tempo, vai faltar candidato. Em recente conversa com o promotor de justiça eleitoral Doutor BRUNO LAVORATO, ele me disse que vai impugnar até os candidatos que tiverem inquérito policial.

Que as forças do Bem lhe ilumine DOUTOR BRUNO!

sexta-feira, 9 de maio de 2008

MARX ETERNO


Para os reacionários que decretaram a morte do marxismo, está sendo uma tortura, a entrada da economia norte-americana na fase de recessão, como demonstram os fatos, a impressionante atualidade das previsões de Marx quanto ao caráter cíclico das crises no sistema capitalista é incontestável. É verdade que os capitalistas acumularam experiências para modificar o ciclo e retardar ou diminuir o efeito das crises econômicas, mas, a irresponsabilidade da atual administração do império americano com a sua política de guerra e redução das garantias do trabalho, financiada com um dólar cada vez mais enfraquecido, tem criado uma situação insustentável para o capitalismo, que longe de criar uma sociedade mais justa, promove a injustiça em favor do lucro.
Fala-se, e com razão, de que a crise do capitalismo por si só não significará o fim do sistema, que a economia norte-americana tem a capacidade de ultrapassar a crise e que só a luta dos povos ultrajados, incluído naturalmente o próprio povo norte-americano, poderá acabar com o sistema de dominação e escravidão imperialista.
Entretanto, uma crise de grandes proporções como aquela que parece avizinhar-se traria mudanças inevitáveis na política tanto interna como externa dos Estados Unidos e influiria consideravelmente nos seus aliados imperialistas da Europa.
Recordemos a crise de 1929, os seus efeitos devastadores à escala mundial, e o surgimento na política dos Estados Unidos de uma figura como Franklin Delano Roosevelt e seu New Deal a fim de enfrentar os agudos problemas sociais agravados por aquela crise.
O que virá após a crise que se instala não sabemos e nem Marx previu.
Enquanto isso, o Brasil insiste em ter um sistema de desenvolvimento atrelado ao imperialismo. Que saudades dos estadistas-nacionalistas desta pátria nada gentil!

terça-feira, 6 de maio de 2008

SÓ FALTA A FARDA


-"Precisamos crescer o bolo para dividir".
-"Médici e Geisel foram governantes maravilhosos".
-"Ninguem segura este país".
Depois ele afirma que não estava na marcha da UDN em São Paulo, liderada pela mulher de Ademar de Barros (o rouba, mas, faz), para derrubar o presidente Jango.
Definitivamente, estamos vivendo uma geração de pigmeus na política brasileira!