sexta-feira, 14 de agosto de 2009

CORRUPÇÃO


O presidente da Capgemini (a maior empresa de consultoria da Europa) em Portugal, o jurista Paulo Morgado, enumerou as sete causas da corrupção, que como é sabido alcançou níveis insuportáveis no Brasil nas ultimas décadas.

O tema da corrupção: “aproveitamento da coisa pública em benefício individual” – é importante porque “perdemos a capacidade de inventar euros e o que nos é subtraído na corrupção tem de ser pago com impostos”, afirmou Paulo Morgado.

Presente na última conferência organizada pela revista Invest/ISLA/AIP, no auditório da Faculdade de Economia de Coimbra, Paulo Morgado enumerou aquelas que considera serem as sete causas da corrupção, apontando a cultural como a primeira. “É um crime que vai ao encontro da reciprocidade. Compensar quem nos deu alguma coisa. Não é contra natura, como matar”, explicou.

A segunda causa da corrupção, segundo o responsável, deriva do peso do Estado e da burocracia. “O próprio Estado cria corrupção através de uma burocracia que não existe no mercado concorrencial”, afirmou, apontando ainda a especulação, como a terceira causa para a corrupção, que exemplificou com a alteração de planos diretores municipais (PDM), de forma administrativa. “A especulação é uma forma de ganhar dinheiro, mas o Estado não a deve favorecer, porque tem a obrigação de redistribuir riqueza. Os rendimentos provenientes da especulação deviam ser mais tributados”, defendeu.

O presidente da Capgemini deixou ainda uma palavra à comunicação social. As amarras da comunicação representam para o autor de livros como “Contos de Colarinho Branco” e o “Corrupto e o Diabo”, a quarta causa da corrupção. “O jornalista não é verdadeiramente livre. A corrupção é um crime de prova difícil, os media vivem de publicidade e não se pode falar mal de quem anuncia. Os jornalistas acabam, mesmo sem querer, por ser coniventes”.

”O clientelismo leva a que incompetentes ocupem cargos críticos para a sociedade”

As eleições surgem como a quinta causa da corrupção, aquilo que designou de eleitoralismo e clientelismo. “Quem ajuda a eleger recebe algo em troca. Colocamos muito enfoque no financiamento partidário e não no clientelismo, nos cargos para pessoas da mesma cor. O clientelismo leva a que incompetentes ocupem cargos críticos para a sociedade, onde fazem gestão de dinheiro público”, adiantou.

A sexta causa da corrupção é, segundo Paulo Morgado, o abuso de poder. “O ser vivo social tem tendência para abusar do poder. Tem de haver controlo. Numa empresa privada, o gestor tem de prestar contas do que faz, o gestor da coisa pública não tem de prestar contas a ninguém. Devia ser obrigatória a publicação dos dez maiores desvios em prol da transparência da atuação pública”, afirmou, advertindo para a “falsa transparência”, aquela que resulta da “prestação de informação irrelevante”. O abuso de poder “só se controla com transparência e o Estado tem mais obrigação de prestar contas porque o contribuinte não escolheu ser contribuinte”, explicou.

A sétima causa da corrupção assenta no próprio sistema judiciário, “que não funciona”. Segundo Paulo Morgado, “a lei não foi feita para punir fenômenos de corrupção” e “não vale a pena dizer que o assunto está entregue à justiça, ao mesmo tempo que se diz que o sistema judicial não funciona. Perpetua-se esta hipocrisia”.

Enquanto existirem estas sete causas, “toda a conversa para acabar com a corrupção é uma perda de tempo”, concluiu

”O comportamento ético tem um valor econômico”

José Soares da Fonseca, presidente da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra, relembrou, durante a sua intervenção, que o comportamento ético tem um valor econômico. “O comportamento não ético permite um benefício a curto-prazo, mas o risco de perder credibilidade é maior. A prazo, perde-se poder negocial”, explicou, salientando que, enquanto o mercado pune a falta de ética, “no sector público nada acontece”.

Rocha de Matos, presidente da AIP, defendeu que a ética nos negócios “é um vetor essencial de uma nova cultura empresarial” e Carlos Encarnação, presidente da Câmara Municipal de Coimbra, colocou a ética no campo “do que se deve e não deve, pode e não pode ser feito, uma fronteira que não é apenas preta e branca”, defendendo que a dimensão ética “é individual" e que “quem decide deve ser imune para não infectar o sistema”

Um comentário:

José antonio disse...

Matemática da Corrupção.

Não consigo compreender a matemática que regi os governos da Família Jordão:

- É vereador que com o salário de aproximadamente ganha R$ 6.000,00 fica rico em 8 anos, com mansões, lanchas, casa em ilha e carros. Ainda tem os vereadores que perderam as eleições e estão até hoje vivendo de renda.
- Secretários que estavam falidos e hoje vivem de uma maneira confortável e com todo o luxo de pessoas que trabalharam a vida toda para crescerem e isso com um salário que até pouco tempo era de R$ 7.000,00. Um salário que qualquer engenheiro pouco qualificado da Petrobrás ganha.
- Empreiteiros que estava sem obra nenhuma na cidade e hoje são milionários, desfrutando de lanchas luxuosas, carros importados e mansões.
- A família do ex prefeito Fernando Jordão que todas as pessoas que conhecem essa família como eu conheço sabe muito bem que as situações das empresas não eram das melhores. Tinham dívida com impostos, problemas na justiça com funcionários e problemas com a justiça relacionada a desvio de dinheiro. Todos sabem que as empresas Esal não vinham bem dando prejuízo. Agora essa família em 8 anos desfrutar de mansão na Itália, carros importados que custem mais de R$ 200.000,00, lanchas que custam mais de 1 milhão de reais, apartamentos no Rio, reformaram todos os supermercados da família, compraram postos de gasolina em Angra e parati, compraram imóveis em toda a cidade e ainda gastaram muito dinheiro com advogados e na corrupção. Impressionante a competência dessa família nos negócios, um crescimento de mais de 1000% em apenas 8 anos. Acho que o programa Negócios S.A da globo News deveria fazer uma reportagem com essa família.
- Agora tem o mais novo RICO de Angra dos Reis o prefeito Tuca Jordão que em poucos meses já mostra o seu poder de multiplicação do dinheiro. Ele em apenas 6 meses de salário de R$ 23.000,00 menos o imposto de renda que é de 27% = à R$ 16.790,00, lembrando que ele era secretário e ganhava aproximadamente R$ 7.000,00 menos os impostos, e tem mais no ano da eleição ele ficou sem trabalhar. Mais voltando a multiplicação do dinheiro ele com o salário de R$ 16.790,00 em 6 meses que da um total de R$ 100.740,00 ele já fez:
1- Contratou um escritório de advocacia que é um dos mais caros do Brasil para defendê-lo no caso da eleição, estima-se que deve ter gastado por volta de 1 milhão de reais.
2- Comprou uma lancha na feira náutica na marina da Glória uma lancha que custa cerca de R$ 700.000,00 isso confirmado por um dono de loja de lancha de Angra dos Reis.
3- Saiu do seu lindo apartamento no São Bento para uma mansão em um condomínio de luxo de Angra..
4- Comprou um carro de aproximadamente R$ 100.000,00, uma caminhonete preta.
Isso é o que eu sei.
Agora peço aos blogs de Angra que todos os dias coloquem essas informações para a população ficar sabendo quem são essas pessoas e o que estão fazendo com nossa cidade.
E as pessoas que defendem essas que respeitem a população mais pobre de Angra que está passando Fome, não é uma questão de partido pq eu não tenho um é uma questão de sobrevivência da cidade..