quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

MENTIRAS EM NOME DE DEUS.

“O pior dos canalhas é o sacerdote.”
(O anticristo – NIETZSCHE)


Não há parâmetros na história política desta cidade para uma prática tão nefasta e lesiva aos interesses da nossa população quanto a realizada pelo governo FJ e seu Legislativo de aluguel. É vergonhosa a política arcaica adotada pelo atual governo na administração.
Nepotismo, apadrinhamento, conchavos e empreguismo são apenas uns dos muitos aperitivos nocivos realizados pelo Executivo e Legislativo.
Agora, com a proposta de ação civil pública pelo Ministério Público, fica evidenciado que as práticas lesivas ao erário vão muito mais além das práticas anacrônicas. Tudo leva a crer que os desvios das verbas públicas também fazem parte das práticas do atual governo e de seu Legislativo subserviente.
Porém, o que me causou espanto foi o cinismo dos edis na última reunião da Câmara: parecia um monte de sacerdotes pregando em templo religioso. O nome de Deus foi utilizado centenas de vezes em vão e todos se consideraram santos imaculados sem qualquer pecado.
O jornalista JOSÉ MIZIARA se transformou no verdadeiro demônio que tenta de todas as formas macular os santos nomes dos vereadores, como se tudo o que MIZIARA narrou no jornal A CIDADE fosse invenção do príncipe do mal. Os mártires de Deus se consideram os verdadeiros escolhidos divinos, que têm a missão de promover a salvação do povo, livrando a população desses demônios de jornalistas e blogueiros que infestam a cidade com denúncias falsas.
Houve, inclusive, a manifestação de um edil contra as mentiras do comunicador ADELSON PIMENTA, que segundo o mesmo quer, no fundo, no fundo, lhe tomar o lugar.
Não foi em vão que NIETZSCHE considerou os sacerdotes como os maiores canalhas da humanidade, pois em sua grande maioria deturpam a mensagem do cristianismo em beneficio próprio.
Foi isso que senti ontem, quando os vereadores, um após o outro, invocavam o nome de Deus em vão. Pareciam um monte de cínicos disfarçando o indisfarçável.
Nunca conheci um criminoso, em minha carreira de advogado, que não usasse o nome de Deus para afirmar sua inocência. Podem mentir para a massa ignara, não para mim!

3 comentários:

Dos dois lados do Equador disse...

Esse cínico expediente (o de se defender usando a palavra "deus) é realmente tenebroso.

Ora, os antigos hebreus foram impedidos de recitar o nome Iavé. Mas hoje, em nome de Deus o cara estupra, xinga a mãe do juiz e faz da política seu púlpito (e vice-versa, como é comum).

No entanto, diante do discaramento daquilo que se faz a palavra "deus", Nietzche parece um garotinho recém saído das fraldas. A loucura vista, em nome do "deus" está para além das possibilidade da imaginação. Nem Silvio de Abreu seria tão imaginativo.

No nome "deus" são cometidas as maiores atrocidades. Na verdade "deus" é apenas a designação do próprio ventre, esse sim o verdadeiro deus daqueles que, em nome de "deus" continuam sem saber o que é o Evangelho e a proposta pacificadora de Jesus.

Tudo fruto dessa religiosidade de fachada e consumo para a média.

Uma pena!

Abçs,

Platão disse...

Existem coisas que transformam nosso ouvido, literalmente, em penico. Um gestor público que usa o nome de Deus, alegando ser merecedor de diferenciado amor divino, por todos os atos de auxílio ao próximo que praticou durante sua vereança, afirmar que Deus jamais permitiria que ele fosse punido, só porque ele aposentou um ser humano portador de doença terminal. É demais! Esse vereador, cuja história detalhada não o abona tanto assim, portar-se como "mensageiro da justiça sem ética à margem da lei", colocando-se como "parceiro de Deus" nessa missão? É MUITA CARA DE PAU ! é um politiquinho de mão cheia, usurpador do direito alheio. Tem de ser punido sim! até porque é réu confesso em sessão da TV Câmara! ELE FÊZ ISSO EM TROCA DE VOTO SIM! e esse tipo de coisa não faz parte das obrigações de vereador, ao contrário, ele procrastinou suas obrigações de vereador, em prejuízo do povo, fazendo politiquinha de comunidade. TEM QUE RESPONDER POR ISSO, SIM!

Dos dois lados do Equador disse...

Aliás, só para registrar, O Anticristo seria leitura obrigatória para esses que não entenderam ainda a bíbia. Pode ser que, lendo o Anticristo, entendam um pouquinho do óbvio: religião e política forma divorciados a tempos na história.

Agora, no entanto, a coisa volta a padrões da Idade Média. E a tendência, a julgar, pelos nossos dias, não é piorar. Eis o nosso quadro atual.

Abçs,

Vando