quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

O RETORNO DOS MOVIMENTOS DE MASSA


Em todas as crises do capitalismo desse tipo que está acontecendo, surgem os questionamentos teóricos tanto dos marxistas como dos capitalistas, as indefinições paralisantes, os oportunismos e vacilações dos economistas de toda ordem. Os que não querem mudanças (reacionários) costumam afirmar que esta é apenas mais uma crise do capitalismo e que esse modo de produção, ao final do processo, retomará seu curso num patamar superior como o fez ao longo de sua história. Os marxistas ortodoxos sentenciam confiantes que esta é a crise final do capitalismo. Eu, no meu humilde conhecimento de Marx, entendo que as duas posições estão equivocadas. A primeira porque o reacionário considera que o capitalismo é um sistema eterno e, por isso mesmo, apenas luta por algumas reformas para melhorar a vida do povo. A segunda, dos marxistas ortodoxos, tem um costume recorrente de transformar toda crise do capitalismo em crise final. E quando não ocorre a revolução, creditam seus erros de avaliação não a uma análise incorreta da realidade, mas à inércia da direção do movimento dos proletariados.

Entendo dentro da dialética marxista que as crises e, especialmente, crise como esta, são sempre oportunidades para que o proletariado possa contestar a ordem burguesa, já que os grandes movimentos de massa foram derrotados nos anos 70 com a exploração da mais valia pelo setor especulativo do capitalismo. Mas isso não significa que esta crise se transformará em uma revolução do proletariado. Quem vai decidir o destino da crise é a capacidade das massas de irromper na cena política de forma independente, com um grau de força tal que seja capaz de derrotar a burguesia e conquistar a direção política da sociedade, no Brasil não há a mínima chance. Entendo que há condições objetivas para a retomada do movimento de massas em caráter mundial e a possibilidade de transformação do sistema capitalista a partir dos países centrais do capitalismo, em especial Alemanha e França. Ao contrário do que preconizou Lênin, que imaginava que o capitalismo monopolista seria a ante-sala da revolução socialista, acredito que somente agora quando o capitalismo se transformou num sistema mundial completo e maduro, tendo em vista que internacionalizou a produção e as finanças unificou globalmente o ciclo do capital, estão presentes as condições para a revolução mundial. Nessa perspectiva, estamos muito mais próximos de uma nova sociedade do que estávamos no início do capitalismo monopolista que ocasionou a Revolução Russa e as duas grandes guerras.

Um comentário:

RODNEY DIAS disse...

DR CLÁUDIO ESTAMOS AGUARDANDO SUA PRESENÇA AO VIVO HOJE AS 21 HORAS NA TV COM.
NÃO FALTE E TRAGA ...