
Em todas as crises do capitalismo desse tipo que está acontecendo, surgem os questionamentos teóricos tanto dos marxistas como dos capitalistas, as indefinições paralisantes, os oportunismos e vacilações dos economistas de toda ordem. Os que não querem mudanças (reacionários) costumam afirmar que esta é apenas mais uma crise do capitalismo e que esse modo de produção, ao final do processo, retomará seu curso num patamar superior como o fez ao longo de sua história. Os marxistas ortodoxos sentenciam confiantes que esta é a crise final do capitalismo. Eu, no meu humilde conhecimento de Marx, entendo que as duas posições estão equivocadas. A primeira porque o reacionário considera que o capitalismo é um sistema eterno e, por isso mesmo, apenas luta por algumas reformas para melhorar a vida do povo. A segunda, dos marxistas ortodoxos, tem um costume recorrente de transformar toda crise do capitalismo em crise final. E quando não ocorre a revolução, creditam seus erros de avaliação não a uma análise incorreta da realidade, mas à inércia da direção do movimento dos proletariados.
Entendo dentro da dialética marxista que as crises e, especialmente, crise como esta, são sempre oportunidades para que o proletariado possa contestar a ordem burguesa, já que os grandes movimentos de massa foram derrotados nos anos 70 com a exploração da mais valia pelo setor especulativo do capitalismo. Mas isso não significa que esta crise se transformará em uma revolução do proletariado. Quem vai decidir o destino da crise é a capacidade das massas de irromper na cena política de forma independente, com um grau de força tal que seja capaz de derrotar a burguesia e conquistar a direção política da sociedade, no Brasil não há a mínima chance. Entendo que há condições objetivas para a retomada do movimento de massas em caráter mundial e a possibilidade de transformação do sistema capitalista a partir dos países centrais do capitalismo, em especial Alemanha e França. Ao contrário do que preconizou Lênin, que imaginava que o capitalismo monopolista seria a ante-sala da revolução socialista, acredito que somente agora quando o capitalismo se transformou num sistema mundial completo e maduro, tendo em vista que internacionalizou a produção e as finanças unificou globalmente o ciclo do capital, estão presentes as condições para a revolução mundial. Nessa perspectiva, estamos muito mais próximos de uma nova sociedade do que estávamos no início do capitalismo monopolista que ocasionou a Revolução Russa e as duas grandes guerras.
Um comentário:
DR CLÁUDIO ESTAMOS AGUARDANDO SUA PRESENÇA AO VIVO HOJE AS 21 HORAS NA TV COM.
NÃO FALTE E TRAGA ...
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