quarta-feira, 30 de junho de 2010
USAR CAMISETA DE CHE GUEVARA NA POLÔNIA É CRIME.
O Le Monde anunciou no último dia 14 que uma nova lei aprovada na Polônia pune com dois anos de prisão qualquer pessoa que promova símbolos comunistas. As lojas que comercializam camisas com a estampa de Che Guevara serão diretamente afetadas.
O diário esquerdista Krytyka Polityczna e a Aliança Democrática de Esquerda (SLD, fundada em 1999 por antigos membros do Partido Comunista), apelou contra a nova lei perante o Tribunal Constitucional.
É o neoliberalismo mostrando seus tentáculos fascistas!
terça-feira, 29 de junho de 2010
TEMOS O MELHOR FUTEBOL, MAS, O CHILE TEM O MELHOR POETA
Ninguém desvendou mais a alma humana que o poeta maior PABLO NERUDA. Sua poesia é de uma força incomensurável. Talvez por ter sido filho de operário ferroviário e ter convivido com os operários, durante sua infância, fora salvo da ganância; esse sentimento maligno incutido na humanidade já na Roma antiga que fez o escravo acreditar que o seu senhor era e é o modelo de felicidade a ser seguido.
Lembremos o poeta socialista.
"Um homem só encontra a mulher ideal quando olhar no seu rosto e ver um anjo e, tendo-a nos braços, ter as tentações que só os demônios provocam..."
"... quando explicamos a poesia ela torna-se banal. Melhor do que qualquer explicação é a experiência direta das emoções, que a poesia revela a uma alma predisposta a compreendê-la."
“Para que nada nos separe que nada nos una.”
“A pessoa certa é a que está ao seu lado nos momentos incertos.”
“Os poetas odeiam o ódio e fazem guerra à guerra.”
quarta-feira, 23 de junho de 2010
CORAGEM E DIGNIDADE
Quando ouço CIDINHA CAMPOS com sua impavidez e uma capacidade de indignação inerentes aos revolucionários è que eu penso que os meus votos não foram em vão.
CIDINHA tem a consciência que lutar contra os poderosos do país da corrupção é oferecer sua cabeça a prêmio. Mesmo assim, esta guerreira de pouco mais de 01m:50cm não se intimida diante de tudo que pode lhe acontecer.
Parabéns deputada!
Bela análise dialética histórica de Gilberto Felisberto. Pena que o sociologo não saiba que o que existia de marxista nas bases do PDT debandou.
Por Gilberto Felisberto Vasconcellos
Leonel Brizola não gostava do “ismo” brizolismo, considerava-o excessivamente personificado e personalizado, ao contrário de seus detratores (e foram muitos tanto na direita quanto na esquerda) que tripudiavam o “personalismo” dele, líder egocêntrico, personalista, narcisista, individualista, ou senão centralizador tal qual Lênin e Trotsky. Essa calúnia foi repetida durante décadas, muita gente nas universidades e nos sindicatos acreditou que ele fosse um homem neuroticamente obcecado pelo poder, fazendo de tudo para lá chegar, pouco importando por quais meios, se espúrios, imorais e ignominiosos.
Curiosamente a maior parte de sua vida viveu fora do poder e, durante muito tempo, exilado e perseguido. A maledicência a fim de detratá-lo não dava margem a que se perguntasse acerca do mais importante: por que e para que queria o poder? Nos cursos de ciências sociais diziam-no que não estava politicamente vinculado a nenhuma classe social, ora tido como populista, ora bonapartista, ora intersticial, mas foi um homem público que desafiou a própria morte com coragem e intrepidez pelo destino da pátria e a sorte do povo.
Leonel Brizola se identificou politicamente com o trabalhismo, reportando-se ao nome de Getúlio Vargas na história do Brasil e, antes dele, ao mártir Tiradentes. Não abdicou nunca desta filiação, mantendo-a firme no caminho do socialismo, convicto de que o capital não representa solução para a humanidade. Em sua palavra e ação, a centralidade do trabalho indigitava a concepção originada de Marx e Engels (como a do jovem Getúlio procedia de Saint-Simon), ou seja: o trabalho criador de riqueza, o homem se fazendo pelo trabalho, a história do homem como a história do trabalho.
O Trabalho de Quem Não Trabalha
A notória repulsa de Leonel Brizola à monarquia é que ela esteve associada ao latifúndio e à escravidão. Todavia, o problema hoje é que a direita, ainda que de modo transverso e caricato, se apropriou da noção de trabalho. Antonio Ermínio de Moraes se define como trabalhador, George Soros alardeia todo santo dia que começa a trabalhar às cinco horas da manhã, José Serra se vê como um infatigável trabalhador desde quando estava no útero da senhora sua mãe.
A força de trabalho tornou-se objeto de falsificação, tal como tudo no capitalismo, embora sem explorar a força de trabalho nenhum capitalista ganha nada, não obtém aquilo que é o motivo de sua existência: o lucro.
Lembro Samir Amin dando o recado lá da África: a lógica do capitalismo é expandir o capital, e não promover o desenvolvimento. O que move o capitalismo é o lucro, e não a renda distribuída. O Banco Mundial é que juntou capitalismo com desenvolvimento, assim como o neoliberalismo mistifica o laço indissolúvel entre democracia e capitalismo. É mais um logro burguês afirmar que é possível o pleno emprego. O capitalismo é contra a democracia. O desespero do desemprego é um problema para os que estão desempregados, e não para os capitalistas. O desemprego (a existência de “exército industrial de reserva” que divide a classe operária) favorece os interesses dos capitalistas. É ilusória ou demagógica a vontade do capitalista em eliminar o desemprego.
O desemprego dá lucro ao capitalista. Como dizia Darcy Ribeiro, a massa excedentária é um componente estrutural do capitalismo e ineliminável, tal qual o subdesenvolvimento Há jovens deserdados que estarão condenados a não ter nunca na vida emprego.
Leonel Brizola e Darcy Ribeiro, leitores do Manifesto Comunista escrito pelos jovens Marx e Engels, estavam de olho na força de trabalho que não consegue assalariar-se, compelida a se virar no subemprego, nas formas precárias, incertas e perigosas do troco descolado, como acontece no dia a dia do Rio de Janeiro.
A ciência sobre o capitalismo não foi feita por nenhum teórico capitalista, mas pelo comunista Karl Marx, que julgava a palavra “proletário” mais incisiva do que “trabalhador”. Engels explicou que o proletariado é a moderna classe dos trabalhadores assalariados.
Os partidos políticos de esquerda, ou supostamente de esquerda, resolveram adotar a palavra “trabalhador”, o que correspondeu à substituição de “burguesia” por “empresariado”. Fato é que do nosso léxico político desapareceu a palavra “proletariado”. A última pessoa que, se não me engano, remou contra essa maré lingüística, foi o cineasta Glauber Rocha em sua famosa autodefinição: “eu sou um proletário intelectual”.
Nos discursos de Leonel Brizola, logo na seqüência dos primeiros acordes do hino nacional, invariavelmente o vocativo era chamado: “povo brasileiro”. Mudam-se os tempos, muda-se a linguagem. O pensamento não está apartado da linguagem. O pensamento se revela na linguagem. Basta reparar a dicção, a pronúncia de um político tucano abrindo a boca: a fala dele é inconfundivelmente a da classe dominante. A linguagem, tal qual o salário, é luta de classes.
Cidadão Miserável e Cidadão Milionário
Corriqueiro é ouvir a palavra “cidadania” por tudo quanto é canto. Essa palavra “cidadania”, que estava lá no armário burguês da revolução francesa, de repente foi posta em circulação na década de 80 pelas ONGs que se espalharam por toda a América Latina.
Segundo o marxista James Petras, as ONGs foram criadas pelo neoliberalismo, a ideologia da globalização imperialista do capital, com o objetivo de atacar o “estatismo” e as políticas públicas, substituindo-as por uma solidariedade que é falaciosa e aparente.
A aparência do solidarismo trazida pela caridade das ONGs despolitiza e desmobiliza o pobre explorado. A retórica da “cidadania” é moral e tem por objetivo mostrar que a exploração econômica não existe como causa objetiva da pobreza. O pobre deve ter fé no processo eleitoral argentário, deve votar sob a influência do monopólio da mídia. Essas ONGs, bando de gafanhotos endolarados, apareceram para nos ensinar o que é “cidadania”. Assim, começamos a ouvir “cidadania” para cá, “cidadania” para lá, e sempre como alguma distante, alheia e contraposta ao Estado. Tal qual sucedeu com o projeto Camelot da CIA durante a década de 60, foi colocada uma dinheirama nas ONGs a fim de cooptar e seduzir muita gente com a palavra de ordem: “cidadania já”!
Privatizando as empresas estatais, o neoliberalismo precisava se fazer popular com as ONGs da “cidadania”. Na década de 80 o neoliberalismo usou cada vez mais a acústica “cidadã”. Como dizia o maestro Villa Lobos, começamos a papagaiar a palavra “cidadania” por todos os rincões deste país, na mídia, no parlamento, na universidade e até nas conversas das donas de casa. Antes o que se ouvia (também vinda do exterior) era a palavra “modernidade” ou senão “globalização”.
A palavra “cidadania”, o xodó do departamento lingüístico do World Bank, que já foi presidido pelo sádico Roberto Mc Namara durante a guerra do Vietnã, tornou-se um lugar comum dos partidos políticos. As ONGs funcionaram como um eficaz instrumento neoliberal. À semelhança dos pardais que enfeitaram de cocô nossas cidades, importados de Paris, a palavra “cidadania” veio com as ONGs financiadas pelo Banco Mundial. Dentro desse pacote do imperialismo a “cidadania” se fez verbo. A cidadania dos políticos e dos intelectuais, o verbo do poder a partir da década de 80, segundo James Petras, o autor de Neoliberalism and Class Conflict in Latin America (1997).
ONGs, Instrumento do Neoliberalismo
Foi diabólica a estratégia das ONGs por toda a América Latina. “Cidadania” e “sociedade civil” (ocupando a esquerda que discutia se a “sociedade civil” provém dos textos de Hegel ou de Gramsci), enquanto por cima com o “capitalismo da flexibilização” (a cumplicidade entre o Estado e o capital globalizado), o Banco Mundial e as corporações multinacionais faziam a festa “anti-estatista” do livre mercado com as privatizações internacionais, sendo a mais criminosa a da Vale do Rio Doce, “o maior crime do século”, no dizer de Bautista Vidal. Sempre coniventes com o salário baixo da população, os ongueiros (empolgados pela “cidadania” desatrelada do Estado) conduziam o programa de “auto-ajuda” dos pobres e de “educação popular”, ocultando a classe social, o nacionalismo e o imperialismo.
A ONG colocou a “vontade” (tudo se resume em querer) no lugar da classe social como força política. A luta de classes passou a ser uma invenção de ressentidos e de gente que não está bem com a vida tal qual ela é mostrada pela telenovela.
Nas ONGs o conceito econômico de capitalismo converte-se em conceito moral, daí o estribilho “ética na política”, que corresponde à mistificação de que a pobreza, o mar de pobres, não é senão o resultado de erros (que poderiam ser evitados) cometidos por uma administração “incompetente”, palavra essa que se espraiou como uma epidemia revivendo o espírito da UDN.
A ONG afirmou o lado caridoso, compadecido, assistencialista e comunitário do neoliberalismo, a retórica sobre os “excluídos”, “as linhas de pobreza”, os racialmente discriminados e a igualdade de gênero sexual, como se o racismo na historia da humanidade não tivesse nada a ver com o capitalismo. A política da ação voluntária em âmbito local passou a ser sinônimo de realismo e de “transparência” social. Os dólares do Banco de Desenvolvimento Inter-americano e o Banco Mundial cacificavam as micro-empresas de intelectuais e políticos cooptados pela agenda neoliberal.
O discurso das ONGs, a ideologia dominante das multinacionais dominantes, é o discurso do poder econômico e cultural nas últimas décadas. Foi isso o que estruturou os programas de pós-graduação nas universidades. O discurso sobre a pobreza – a referência lacrimosa e emocional aos “excluídos” – separou e inocentou o setor rico da sociedade com a idéia da auto-exploração do pobre, tal qual o pregão pentecostal dos evangélicos sobre o rico que vai para o céu. A “auto-ajuda” das igrejas universais consagrou o pastor barulhento como o novo tipo de político que se legitima cada vez mais no desejo dos pobres e despossuídos. É por isso que o mote da “cidadania” foi o dispositivo lingüístico usado pelos ongueiros contra o conceito de luta de classes do marxismo. O manifesto das ONGs inverte o de Marx e Engels: cidadãos e excluídos uní-vos!
Sopão Pós-Moderno
O assistencialismo ongueiro é tão despolitizante quanto o pós-modernismo, a mais recente ideologia do imperialismo na área da cultura. O pós-modernismo divulga que a história acabou, que não há outra alternativa senão o capitalismo, que a “cidadania globalizada” é a realidade do século XXI com a “sociedade civil internacional”, que o marxismo está morto (a queda da União Soviética é identificada com o fim do socialismo) que nada é possível ser feito politicamente em termos nacionais na era da globalização, que a classe social é um conceito obsoleto, o qual deve ser substituído pela idéia de “identidade” e de gênero, ou seja, o que conta é a condição de lésbica, de gay, de afrodescendente.
Assim, o capitalismo deixa de ser um sistema dividido antagonicamente em classes sociais, a política é enfocada pelo prisma de um embate de celebridades, a exemplo de Fernando Gabeira no Rio de Janeiro. O pós-modernismo é repercutido pelo PSDB e por toda a mídia, é a ideologia de que o poder é difuso, fluido, volátil, não tem base material e econômica, tampouco um ponto central e definido. Tudo se resume a uma questão de “lifestyle” (o estilo de vida que a pessoa leva), e não de classe social.
Nas ciências humanas tudo virou relativo e pluralista, não há mais causas nos fenômenos sociais e políticos. O Banco Mundial fez a cabeça dos professores e estudantes das universidades, os quais dirão amém ao triunfalismo capitalista. A universidade, o que havia de esquerda na universidade, se neoliberalizou com a receita pós-moderna. A ênfase da política foi colocada exclusivamente nas eleições, ou no “cretinismo parlamentar”, como dizia Karl Marx. É a urna eleitoral, e não a mobilização popular, que decide os rumos da sociedade. Com educação (um, dois, três milhões de lepitópis nas favelas) o subdesenvolvimento será eliminado, o imperialismo econômica e políticamente não impede o país de ser passado a limpo. A educação é o motor da história, segundo o Banco Mundial: a educação é a principal alavanca da “cidadania”. E isso nada tem a ver com a estrutura social e econômica do capitalismo que autoperpetua o desenvolvimento do subdesenvolvimento. A agenda do Banco Mundial é suprimir a perspectiva do socialismo, colocando em seu lugar a meta da educação. Não será surpreendente se, mais dia ou menos dia, esse organismo do capital internacional vir a se apropriar do programa educacional dos Cieps.
O discurso da “cidadania” usa e abusa da expressão “vontade política” (outro clichê do Banco Mundial), mas na verdade consagra a impotência política. Lembro Darcy Ribeiro exilado em Montevidéu no ano de 1969, dez anos antes da fundação do PDT, preocupado em amalgamar o nacionalismo com o marxismo, a fim de elaborar um projeto político para ganhar o apoio da massa da população. Vamos, dizia ele, passar o Brasil a limpo. Sabemos que isso lamentavelmente não foi conseguido depois de sua volta do exílio em 1979.
Obsolescência do Trabalhismo
Darcy Ribeiro no final da vida se dizia um homem fracassado, que fracassou em quase todos os seus belos e grandiosos projetos. A questão colocada hoje é a seguinte: estava equivocado o diagnóstico histórico feito por Darcy Ribeiro e Leonel Brizola sobre o Brasil e a América Latina? Claro que, para responder a isso, é preciso saber e estudar em que consiste esse interpretação elaborada desde os anos 50, pois não é com amnésia histórica que se lida com os problemas da atualidade. Eles acertaram em um ponto básico: o subdesenvolvimento (atraso, fome, miséria, injustiça, promiscuidade, violência) irá continuar com o vínculo espoliativo mantido pelo intercâmbio internacional do sistema capitalista.
O que há na conjuntura atual do capitalismo que não foi mentalizado por Darcy e Brizola? Mudou substancialmente alguma coisa na relação entre países atrasados e avançados? Com a didática de tarimbado professor, Darcy Ribeiro dizia que a direção multinacional da sociedade latinoamericana continuou a questão-chave, principalmente depois de 1945, que é o ponto de inflexão na história do imperialismo. Com United Fruit na Guatemala plantavam-se bananas, hoje são plantadas indústrias estrangeiras, mas a rapinância continua a mesma, com o detalhe de que Darcy e Brizola denunciaram a financeirização da acumulação de capital, ou seja, o capitalismo cybervideofinanceiro aumenta ainda mais o atraso histórico da América Latina.
O colapso econômico do neoliberalismo não quer dizer no entanto que houve o colapso ideológico da hegemonia neoliberal. Esta continua firme e forte em todos os partidos políticos. A razão é pragmática e cínica. Principal agência das multinacionais, a televisão não perde as eleições. Portanto, dizem as vozes pós-modernas, o futuro do trabalhismo está na televisão do futuro. É este o conteúdo adaptacionista do “neotrabalhismo”, que apresenta Leonel Brizola como se ele tivesse sido um político telefóbico.
Com a ênfase abstrata e demagógica na educação, retroagindo às formulações elaboradas por Anísio Teixeira e Darcy Ribeiro, o “neotrabalhismo” subtrai a centralidade do trabalho superexplorado das massas, assim como desconecta-o do atraso nacional que não é mais decorrência espoliativa imperialista, ou seja, é o adeus à concepção sobre as “perdas internacionais da nossa economia”.
Os intelectuais orgânicos das ONGs, que colocam a “cidadania” no lugar da crítica ao capitalismo, propagam pelas universidades que o legado anacrônico de Darcy Ribeiro e Leonel Brizola deveria ser jogado no lixo da história. Se o diagnóstico de ambos estivesse correto, eles teriam alcançado o poder pelo voto, como se a derrota eleitoral fosse indício de inconsistência teórica. Esse argumento é uma falácia com má fé porque pressupõe que triunfar na política, que é conflito de interesses materiais, seja o resultado da razão e de argumentos. Convenhamos que Stalin não triunfou na União Soviética porque pensou melhor a realidade russa do que Trotsky.
Luta de Classes
“Briga de foice no escuro”, assim definiu Leonel Brizola a política, isto é, a luta de classes. Leonel Brizola morreu com seu cérebro (sentimentalismo é dizer que ele vive), mas perdura o seu pensamento e o que deixou como exemplo público, inclusive a relação do trabalhismo brizolista com as classes sociais, ou seja, com as classes subalternas. Leonel Brizola nasceu politicamente vinculado à classe operária na Rio Grande do Sul. Mas o que era o heteródito PTB e a classe operária até 1964? É necessário perguntar pela relação partido político e classe social. Depois de 1979 frequentemente se ouvia que o PDT, cujos quadros eram preenchidos pela pequena burguesia, não era um partido da classe operária. Seu foco de atenção ou de persuasão era a massa marginalizada da população, os desempregados e subempregados. Por outro lado, argumentava Darcy Ribeiro em um país ocupado pelo imperialismo, não existe uma classe burguesa independente que tenha a vocação de ser uma classe (situada no topo da sociedade) a fim de exercer o comando econômico e político.
A revitalização do brizolismo passa necessariamente pela crítica marxista ao capital monopolista. O renascimento do PDT, tal qual este existiu como referência essencial na sociedade brasileira sob a liderança de Leonel Brizola, não poderá se efetivar sem que se coloque o socialismo no cerne de seu projeto político para a América Latina. Essa é a única maneira do PDT não tornar-se cativo da ideologia do Banco Mundial, para quem o domínio das corporações multinacionais (com o binômio democracia e educação) irá eliminar o subdesenvolvimento e o atraso da sociedade brasileira.
O PDT está compelido a avançar caminhando em direção ao que foi concebido no passado acerca da “espoliação internacional”, isto é, o subdesenvolvimento como sendo endêmico ao capitalismo no Terceiro Mundo. Por causa do processo social cada vez mais antagonicamente polarizado, brizolismo e marxismo devem se amalgamar em uma unidade orgânica, tal qual a política anti-colonialista de Hugo Chávez realizada na Venezuela juntando Bolívar e Marx.
Gilberto Felisberto Vasconcellos é sociólogo, jornalista e escritor.
terça-feira, 22 de junho de 2010
FISIOLOGISMO E OMISSÃO
O deputado Luiz Sérgio da Nóbrega é o político mais conservador que conheci de perto, omisso nas ações de corrupção dos governos dos Jordão, não fez uma manifestação sequer na Tribuna da Câmara Federal para denunciar as mazelas e ladroagem dos governos peemedebista na nossa Angra dos Reis. O deputado petista é mais escorregadio que bagre ensaboado e um mestre em defender e preservar seus interesses fisiologistas.
Na reforma da previdência proposta pelo senador Paulo Paim do seu partido que beneficiaria os aposentados, Luiz Sergio participou da manobra governista para adiar a votação, e, em nova sessão de votação não compareceu para não sofre desgaste. Ausência covarde!
Na condição de relator da CPI do Cartão Corporativo, Luiz Sérgio agiu com extremo rigor e dedicação de um vassalo, a tarefa que o governo lhe deu. Atribuiu a “equívocos” gastos irregulares de três ministros do atual governo. E pediu que cinco ministros do governo anterior devolvam dinheiro que não poderiam ter gastado.
Sobre o dossiê das despesas sigilosas do governo anterior ao do PT produzido na Casa Civil do governo Lula; Luiz Sérgio não o mencionou no seu relatório. O barulho provocado pelo tal dossiê passou longe dos ouvidos e dos olhos dele.
Podem escrever: Luiz Sérgio é um “político de futuro”. Faz um trabalho extraordinário em prol da corrupção. Está preparado para ocupar relevantes funções políticas e administrativas no país da desigualdade social. E pouco importa que o PT siga governando o país. Sempre haverá um partido mais fisiologista no governo ou na sua base para pessoas como Luiz Sérgio possa figura em seu quadro.
segunda-feira, 21 de junho de 2010
ADEUS AO CAMARADA JOSÉ SARAMAGO
Morreu na última sexta-feira o escritor marxista e único premio Nobel de literatura da língua portuguesa.
Comunista anti-clerical, José Saramago nasceu na aldeia ribatejana de Azinhaga, no dia 16 de Novembro de 1922, embora o registro oficial seja do dia 18. Seus pais foram a Lisboa antes dos três anos de idade do escritor. Fez estudos secundários que não pode continuar por dificuldades econômicas.
Em 1972 e 1973 fez parte da redação do Jornal “Diário de Lisboa”, onde foi comentarista político, tendo também coordenado, durante alguns meses, o suplemento cultural da publicação. Entre abril e novembro de 1975 foi diretor-adjunto do "Diário de Notícias". Desde 1976, vivia exclusivamente do seu trabalho literário.
A popularidade internacional veio em 1982, com “Memorial do Convento”, prestígio que consolidou com obras como “A Balsa de Pedra” (1986), “A segunda vida de Francisco de Assis” (1987), “História do cerco de Lisboa” (1989) e o “Evangelho segundo Jesus Cristo” (1991).
Em 1993, pelo que dizia ser perseguição religiosa dado o tom polêmico de suas obras, que se chocaram com representantes da Igreja Católica e a proibição da publicação de seus romances em Portugal, Saramago fixou residência em Lanzarote (Ilhas Canárias, Espanha),
Ganhador do Prêmio Camões em 1995, Saramago iniciou no mesmo ano a publicação da trilogia formada por "Ensaio sobre a cegueira”, “Todos os nomes” e “Ensaio sobre a lucidez”. Em 2008, iniciou um blog, “El cuaderno” (o caderno), o qual eu lia diariamente, e no ano passado apresentou seu último romance, “Caim”.
Confira uma lista de obras do escritor
Terra do Pecado, 1947
Manual de Pintura e Caligrafia, 1977
Levantado do Chão, 1980
Memorial do Convento, 1982
O Ano da Morte de Ricardo Reis, 1984
A Jangada de Pedra, 1986
História do Cerco de Lisboa, 1989
O Evangelho Segundo Jesus Cristo, 1991
Ensaio Sobre a Cegueira, 1995
Todos os Nomes, 1997
A Caverna, 2000
O Homem Duplicado, 2002
Ensaio Sobre a Lucidez, 2004
As Intermitências da Morte, 2005
A Viagem do Elefante, 2008
Caim, 2009
quinta-feira, 17 de junho de 2010
PARA QUEM PENSA QUE NÃO TENHO FÉ
"Fé na vida, Fé no homem". Com simples palavras o poeta elimina qualquer religiosidade e crença sobrenatural. Gonzaguinha era genial mesmo! Essa letra é uma ode à luta por um mundo melhor; um mundo que construiremos com o Socialismo que é sinônimo de amor ao próximo.
Ontem um menino que brincava me falou
que hoje é semente do amanhã...
Para não ter medo que este tempo vai passar...
Não se desespere não, nem pare de sonhar
Nunca se entregue, nasça sempre com as manhãs...
Deixe a luz do sol brilhar no céu do seu olhar!
Fé na vida Fé no homem, fé no que virá!
nós podemos tudo,
Nós podemos mais
Vamos lá fazer o que será.
quarta-feira, 16 de junho de 2010
CHAVEZ ENFRENTA A CONTRA-REVOLUÇÃO.
(por Eva Golinger)
"Façam gritar a economia", escreveu Henry Kissinger numa nota às forças da CIA envolvidas na tentativa de derrubar o presidente Salvador Allende do Chile no início dos anos 70. Posteriormente, a sabotagem econômica abateu-se sobre aquele país sul-americano, quando os trabalhadores entraram em greves e os homens de negócios aumentaram os preços, fecharam as portas temporariamente e provocaram uma enorme inflação, criando um clima geral de instabilidade que levou ao golpe de estado de 1973 que derrubou Allende.
A mesma estratégia foi aplicada na Venezuela em 2002. Um golpe de estado que teve um êxito efêmero e depois fracassou, foi seguido por uma sabotagem econômica que paralisou a indústria petrolífera e esgotou os produtos de consumo básico da nação, provocando um prejuízo de mais de 20 mil milhões de dólares americanos à economia, mas que não conseguiu afastar Chavez do poder. Os grupos de homens de negócios, de trabalhadores, dos meios de comunicação e políticos que apoiaram o golpe e a sabotagem receberam financiamento direto e apoio de Washington e dos seus organismos, incluindo a USAID, a National Endowment for Democracy, o International Republican Institute e o National Democratic Institute for International Affairs.
Em 2007, tentaram de novo, provocando a escassez dos principais produtos a nível nacional, o que fez disparar a inflação, ao mesmo tempo que aproveitaram os protestos nas ruas e atraíram a atenção dos meios de comunicação internacionais para retratar o governo de Chavez como ditatorial, repressivo e em crise.
O antigo secretário de Estado dos EUA, Lawrence Eagleburger, explicou a estratégia e o papel dos EUA nessa época à Fox News, "a capacidade [de Chavez] para atrair o povo venezuelano só funciona enquanto o povo da Venezuela reconhecer alguma possibilidade de um nível de vida melhor. Se, a certa altura, a economia ficar mesmo má, a popularidade de Chavez no país certamente diminuirá e, para já, essa é a única arma que temos contra ele e que devemos usar, ou seja, os instrumentos econômicos para tentar fazer com que a economia piore ainda mais, de modo que o seu poder de atração no país e na região se afunde".
Eagleburger, que também foi consultor do presidente George W. Bush nessa altura, continuou afirmando que "Tudo o que pudermos fazer para lhes dificultar a economia neste momento é uma boa coisa, mas façamo-lo de uma maneira que não nos ponha em conflito direto com a Venezuela, se o pudermos fazer".
SABOTAGEM
Pouco depois destas afirmações de Eagleburger, a economia da Venezuela recuperou muito. Mas foi a rápida nacionalização do governo de Chavez de diversas indústrias e empresas, juntamente com uma firme ação legal contra os negociantes que açambarcaram produtos e aumentaram preços ilegalmente que salvaram o país da recessão. O ano de 2007 na Venezuela foi extremamente difícil, até o papel higiênico era difícil de encontrar, assim como alimentos básicos como o açúcar, o leite, a farinha e o café. Mas não era que não houvesse esses produtos no país. Descobriram-se toneladas de produtos, escondidos dos consumidores em armazéns pertencentes a empresas nacionais e transnacionais do país. Outros produtos foram transportados ilegalmente para fora das fronteiras, para a Colômbia ou Panamá, para revenda a preços mais altos.
Durante os últimos anos, a sabotagem continuou em vagas sucessivas. Por vezes desaparece o açúcar das prateleiras dos supermercados, provocando o pânico, outras vezes é o leite, ou a farinha de milho, os guardanapos ou o feijão. Depois, encontram-se quantidades enormes desses produtos em contentores ou armazéns pertencentes a uma empresa privada ou sob o controlo de qualquer funcionário governamental corrupto.
Ainda há pouco tempo, o Sebin, organismo de informações da Venezuela descobriu 32 toneladas de produtos alimentares em decomposição, incluindo óleo, café, açúcar, manteiga, arroz, massas, carne e leite, dentro de 1 300 contentores estacionados em Puerto Cabello, na costa Norte-Centro. Os produtos destinavam-se à venda nos mercados subsidiados pelo governo, Mercal e Pdval, mas funcionários corruptos tinham-nos deixado ali propositadamente para apodrecerem a fim de provocar a sua escassez. Já foram detidos diversos funcionários governamentais que estão sob investigação quanto ao seu papel neste e noutros atos de corrupção e sabotagem na indústria alimentar.
"Guerra à corrupção", declarou o presidente Chavez na quarta-feira, acrescentando que "São vícios do passado, temos vindo a descobrir muitos funcionários públicos envolvidos em corrupção e vamos investigar e apresentá-los à justiça. Aqui ninguém está protegido da corrupção, quem lhe sucumbir, sucumbe". Chavez revelou que já tinham sido julgados e presos por corrupção na indústria alimentar nos últimos anos mais de 30 funcionários públicos.
GUERRA ECONÓMICA
Num evento na quarta-feira numa nova instalação de processamento socialista, a Diana Oil, o presidente Chavez respondeu aos críticos do sector privado, minimizando as suas acusações. "Dizem que Chavez está a destruir o país, que os trabalhadores não têm capacidade para gerir empresas e que a produção gerida por trabalhadores é uma ideia maluca. Dizem que o governo destrói todas as companhias que gere".
Chavez também apelou a uma resposta ao que considera como uma "guerra econômica aberta" contra o povo e a Revolução. "Apelo à verdadeira classe trabalhadora da Venezuela que lute nesta guerra econômica contra a burguesia", exclamou, acrescentando, "Eu nasci para esta batalha. Eles declararam a guerra econômica contra mim e eu apelo a todos os trabalhadores que se juntem a mim na luta para apoiar a nossa economia".
O presidente venezuelano dirigiu palavras especiais a Lorenzo Mendoza, o dono de uma das maiores produtoras e distribuidoras de alimentos e bebidas do país. Um dos homens mais ricos da Venezuela, e um multimilionário Forbes, Mendoza dirige as Empresas Polar, que produzem e distribuem produtos como a cerveja Polar, a Pepsi-Cola e todo o tipo de sumos, vinagres, molhos, gelados, cereais, enlatados e comidas congeladas.
Chavez respondeu diretamente às afirmações de Mendoza de que o presidente venezuelano está a destruir o país, afirmando, "Aceito o seu desafio. Vamos a isso. Você com os seus milhões e eu com a minha moral. Vejamos quem dura mais tempo, você com a sua Polar e as suas riquezas, ou eu com o meu povo e a dignidade de um soldado revolucionário". Chavez também avisou Mendoza que, se a companhia dele continuar a açambarcar produtos, a especular e a violar as regulamentações de preços, as Empresas Polar poderão ser nacionalizadas.
"Não tenho medo de nacionalizar a Polar, Mendoza, por isso tenha cuidado. A lei é a lei", declarou o chefe de estado venezuelano.
A Polar tem sido uma das principais companhias a fomentar a escassez de produtos no país durante os últimos anos, açambarcando bens de consumo nas centenas de armazéns que possui por todo o território nacional até se gerar suficiente pânico e descontentamento no país. Depois os produtos são lançados no mercado a preços mais altos, violando os regulamentos financeiros, provocando a inflação e tentando debilitar a economia.
Mas esta semana o presidente Chavez apelou a todos os sectores, privados e público, para que resistam e combatam esta guerra econômica. "Estamos a trabalhar para o bem-estar de toda a gente, mesmo das classes mais altas e dos negócios privados. Ninguém estará estável enquanto o resto do país não estiver, por isso trabalhemos todos para isso".
Apesar da turbulência econômica que afeta a Venezuela, a taxa de desemprego diminuiu nos últimos anos e a pobreza foi reduzida de 70% para 23% desde 1999.
sábado, 12 de junho de 2010
PARA TODOS OS DIAS, NÃO APENAS PARA O DIA COMERCIAL
Lágrimas lavaram minha alma muitas vezes,
através delas me reciclei...
me resolvi...
me encontrei quando me perdi...
Lavei o chão do meu sofrer,
e enxuguei a dor das minhas caminhadas em vão...
Os olhos continuam sendo a janela da alma,
por eles,
exalamos nossos sentimentos mais profundos...
no olhar,eu me mostro...
Você se mostra,
por isso quando falo olho nos olhos...
assim me dispo,
assim sou verdadeiro...
A hora é esta...
Minha asa brotou,
me torna alado para outro momento...
"De tudo ao meu amor serei atento",
a este novo amor,
que me faz feliz e pleno...
quinta-feira, 10 de junho de 2010
DARCY ETERNAMENTE
Relembrando meu mestre maior e dando destaque para o ultimo pensamento abaixo, que tomo como uma das inspirações de minha vida.
“...Através delas daremos livros, livros a-mãos-cheias, a todo o povo. O livro, bem sabemos, é o tijolo com que se constrói o espírito. Fazê-lo acessível é multiplicar tanto os herdeiros quanto os enriquecedores do patrimônio literário, científico e humanístico, que é, talvez, o bem maior da cultura humana.”
“Nós, brasileiros, somos um povo em ser, impedido de sê-lo. Um povo mestiço na carne e no espírito, já que aqui a mestiçagem jamais foi crime ou pecado. Nela fomos feitos e ainda continuamos nos fazendo. Essa massa de nativos viveu por séculos sem consciência de si... Assim foi até se definir como uma nova identidade étnico-nacional, a de brasileiros...”
“Por isso mesmo, o Brasil sempre foi, ainda é, um moinho de gastar gentes.
Construímo-nos queimando milhões de índios.Depois, queimamos milhões de negros.
Atualmente, estamos queimando, desgastando milhões de mestiços brasileiros, na
produção não do que eles consomem, mas do que dá lucro às classes empresariais.”
“Dizem, também, que nosso território é pobre - uma balela. Repetem, incansáveis,
que nossa sociedade tradicional era muito atrasada - outra balela. Produzimos,
no período colonial, muito mais riqueza de exportação que a América do Norte
e edificamos cidades majestosas corno o Rio, a Bahia, Recife, Olinda, Ouro
Preto, que eles jamais conheceram.”
“Nosso povo preservará, depois dessa drástica cirurgia, a vitalidade
indispensável para sair do atraso ou estará condenado a afundar cada vez mais no
subdesenvolvimento? Quem está interessado em que o Brasil seja capado e
esterilizado? Serão brasileiros?”
“Só há duas opções nesta vida: se resignar ou se indignar. E eu não vou me
resignar nunca.”
“O Delta do Amazonas constitui uma das áreas de mais antiga ocupação européia no
Brasil. Já nos primeiros anos do século XVII ali se instalaram soldados e
colonos portugueses, inicialmente para expulsar franceses, ingleses e holandeses
que disputavam seu domínio, depois como núcleos de ocupação permanente. Estes
núcleos encontrariam uma base econômica na exploração de produtos florestais
como o cacau, o cravo, a canela, a salsaparrilha, a baunilha, a copaíba que
tinham mercado certo na Europa e podiam ser colhidos, elaborados e transportados
com o concurso da mão-de-obra indígena, farta e acessível naqueles primeiros
tempos.”
“Embora a civilização nas zonas de fronteira seja algo tosca e desconjuntada, é
sempre a civilização ocidental que avança através da sua encarnação na sociedade
brasileira. O que oferece aos índios não são, naturalmente, as conquistas técnicas
e humanísticas de que se orgulha, mas a versão degradada destas, de que
são herdeiros os proletariados externos dos seus centros de poder.”
“Fracassei em tudo o que tentei na vida. Tentei alfabetizar as crianças
brasileiras, não consegui. Tentei salvar os índios, não consegui. Tentei fazer
uma universidade séria e fracassei. Tentei fazer o Brasil desenvolver-se
autonomamente e fracassei. Mas os fracassos são minhas vitórias. Eu detestaria
estar no lugar de quem me venceu.”
(DARCY RIBEIRO)
terça-feira, 1 de junho de 2010
A NOVA INFÂMIA DO ESTADO NAZI-SIONISTA
O assassinato de 19 inocentes que iam levar socorro à população sitiada de Gaza é mais um crime do estado nazi-sionista.
O regime do apartheid imposto pelo estado judeu ao martirizado povo palestino é um crime continuado no tempo.
A impunidade com que o estado judeu comete as suas infâmias só acontece devido ao beneplácito dos governos ocidentais.
Os crimes destes judeus hitlerianos verificam-se porque contam com o apoio do imperialismo americano e do sub-imperialismo europeu.
É um dever dos cidadãos dignos do mundo todo levantar um brado de protesto contra tais atentados de lesa humanidade.
Hitler, deve estar dando inúmeras gargalhadas no Inferno!
AS TRÊS PENEIRAS DE SÓCRATES
Quantas amizades, quantos amores deixamos de vivenciar pelas intrigas que ouvimos de outras pessoas?
Esta pergunta que faço não é para os outros e, sim, para nós mesmo. Tendemos a acreditar em fofocas.
Sofreríamos menos se, como o filósofo Sócrates, tomássemos o cuidado de analisar as mentiras que nos são contadas.
Leiam o que o sábio ateniense nos ensinou sobre a matéria:
As Três Peneiras de Sócrates
Um homem foi ao encontro de Sócrates levando ao filósofo uma informação que julgava de seu interesse:
- Quero contar-te uma coisa a respeito de um amigo teu!
- Espera um momento – disse Sócrates – Antes de contar-me, quero saber se fizeste passar essa informação pelas três peneiras.
- Três peneiras? Que queres dizer?
- Vamos peneirar aquilo que quer me dizer. Devemos sempre usar as três peneiras. Se não as conheces, presta bem atenção. A primeira é a peneira da VERDADE. Tens certeza de que isso que queres dizer-me é verdade?
- Bem, foi o que ouvi outros contarem. Não sei exatamente se é verdade.
- A segunda peneira é a da BONDADE. Com certeza, deves ter passado a informação pela peneira da bondade. Ou não?
Envergonhado, o homem respondeu:
- Devo confessar que não.
- A terceira peneira é a da UTILIDADE. Pensaste bem se é útil o que vieste falar a respeito do meu amigo?
- Útil? Na verdade, não.
- Então, disse-lhe o sábio, se o que queres contar-me não é verdadeiro, nem bom, nem útil, então é melhor que o guardes apenas para ti.
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