sexta-feira, 7 de outubro de 2011
Faz suas trapaças e acusa quem quiser investigá-las de "conspiração de direita”
O artigo abaixo escrito por PEDRO PORFÍRIO valoroso companheiro de esquerda na militância dos idos anos 80 no PDT, quando o partido ainda tinha princípios norteados pelo socialismo, é de uma lucidez e clareza fascinante. Leiam e reflitam as verdades aqui ditas.
“A corrupção dos governantes quase sempre começa com a corrupção dos seus princípios”. Montesquieu, filósofo iluminista francês (1689-1755)
“Nasci para combater o crime, não para governá-lo. Ainda não chegou o tempo em que os homens honestos podem servir impunemente à pátria: os defensores da liberdade serão proscritos enquanto dominar a horda dos bandidos”.
Maximilien François Marie Isidore de Robespierre, líder da Revolução Francesa, ao ser levado para a guilhotina, em 1794, aos 36 anos de idade.
Sempre soube que o poder, seja ele qual for, tem encantos que o próprio encanto desconhece. Mas também por muitos anos acreditei que ideologia e safadezas eram antônimas. Acertei na primeira e equivoquei-me redondamente na segunda. O poder exerce tal fascínio que engendra seus próprios valores.
Ou simplesmente os dispensa, num passe de mágica. E quanto maior a distância percorrida, mais vulnerável é aquele que se torna senhor dos anéis. O que se vê hoje no Brasil é a ausência de todo e qualquer recato.
A corrupção grassa como elemento difuso de efeitos multiplicadores. O assalto ao alheio não conhece limites, nem se tangencia em determinados espaços e momentos. Não é exclusivo da vida pública, até porque decorre de negociatas com interesses privados. Reina a bel prazer, na imensidão desse país continental, como fatalidade corriqueira.
Dir-se-ia sem pestanejar que seu caráter amplo, geral e irrestrito a todos seduz. Tal é seu magnetismo que, a rigor, não encontra óbices: não se é contra a corrupção, mas, sim, contra a corrupção dos outros.
Sedução inebriante
Andei concluindo com a maior amargura: entre os tipos de corruptos, há os que desfilam de crachás, os que permanecem nos armários (e ainda não deram bandeira) e os que esperam ansiosamente que a fila ande. As práticas inerentes à corrupção movimentam muito mais dinheiro nos subterrâneos de que toda a atividade econômica visível a olho nu.
Não há elementos de cálculo, mas é possível dimensioná-la como acachapante e avassaladora. Porque ela se origina em toda e qualquer movimentação que envolva dinheiro. Sua manifestação mais exuberante é a propina, irmã siamesa do superfaturamento.
A corrupção é como jogo do bicho: todo mundo sabe que é ilegal, mas todo mundo vê, não diz nada e, se der, ainda faz uma fezinha. Ainda na minha adolescência, quando, meus olhos alcançaram o horizonte perdido, tive a atenção voltada para esse delito, praticado em larga escala na administração pública.
Tinha 11 anos de idade quando Armando Falcão, candidato a governador do Ceará, em 1954, fez do slogan “contra o roubo e a corrupção” a bandeira de sua campanha. Aquela “proposta de governo” chamou minha atenção até porque, ao fim, ele acabou derrotado numa eleição muito apertada.
Desde então vim aprendendo muitas lições. Nessa, a de que nem sempre os que acusam os outros como corruptos têm autoridade moral para tal. E muitas vezes pode ocorrer até de papagaio comer o milho e o periquito levar a fama. Mas em todas as circunstâncias considerava que a ideologia da transformação social incluía entre seus pertences o combate implacável ao vício de meter a mão no dinheiro alheio.
Revolucionários contra a corrupção
Quando, aos 17 anos, fui a Cuba pela primeira vez, em 1960, uma das novidades que mais me impressionaram foi a existência do Ministério de Recuperação dos Bens Malversados pela ditadura. Confiado ao comandante Faustino Perez Hernández, um dos 12 primeiros guerrilheiros que subiram a Sierra Maestra, esse inusitado ministério funcionava na esquina das ruas 21 e D, no Vedado, não muito longe do Hotel Havana Livre, onde participei do I Congresso Latino-americano de Juventudes.
Desde sua primeira operação, no primeiro mês do regime revolucionário, quando descobriu 6 milhões de dólares escondidos pelo ditador Fulgêncio Batista num cofre do Bank Trust Company de Cuba, o austero ministério se tornou o terror dos corruptos e seu titular foi apontado por Fidel Castro como o símbolo do revolucionário, por sua exemplar honestidade e transparência.
Naqueles idos, pelo que me constava, ser contra a roubalheira era ingrediente indispensável na ideologia de esquerda. Tinha certeza dessa premissa até pela obsessão de Maximilien Robespierre, o líder da Revolução Francesa, cognominado “o incorruptível”.
Por aqui, a conversa é outra Já quando estive em cargos importantes na Prefeitura do Rio de Janeiro, comecei a perceber que a banda não tocava como eu imaginava, apesar da promessa de Brizola de lavar a sujeira com água e sabão.
Quando, em 1984, como coordenador das regiões administrativas da Zona Norte, prendi em flagrante um fiscal corrupto que extorquia um pequeno empresário na Penha senti os primeiros olhares de censura aos meus “excessos”. Depois, prendi uma equipe da Secretaria de Obras que, mediante propina, desviava asfalto de uma “rua reconhecida” para a favela do Jacarezinho.
Foi um Deus nos acuda. Tive que recuar, porque ia sobrar exclusivamente para os operários. Levado ao primeiro escalão, como secretário de Desenvolvimento Social, apreendi e acautelei numa delegacia manilhas comuns, entregues enganosamente como “armadas”. Declarei a firma fornecedora inidônea e, como ela era apenas uma das várias pertencentes ao mesmo empresário, de nada adiantou.
Determinei sindicância para apurar uma mutreta com 500 metros de areia, que nunca chegaram ao depósito da Secretaria. Mas o engenheiro que assinou o recebimento era bem articulado dentro do PDT: o processo sumiu e isso me causou muita dor de cabeça. O mesmo aconteceu quando demiti o encarregado do depósito de Campo Grande, pilhado em delito semelhante, com carregamento de pedras.
Poderia contar outras dificuldades que enfrentei para reforçar com todas as letras a convicção de que a corrupção, a robalheira e os desvios de conduta moral são tão lesivos ao país e ao povo como as políticas econômicas perversas, o entreguismo e a selvagem exploração do homem pelo homem.
A cara de pau do corrupto de “esquerda”
Poderia, mas hoje só queria dizer uma coisa, doa a quem doer: o pior corrupto é o que se jacta de esquerda. É essa súcia desonesta que morre de medo de uma investigação e, para proteger-se, chega ao cúmulo de convencer os mais ingênuos de que a apuração de maracutaias em empresas públicas, como a Petrobras, é apenas uma manobra privatizante.
O corrupto de “esquerda” é cínico e arrogante. Pela facilidade de meter a mão no dinheiro público sob proteção do manto escarlate e pelo deslumbramento com os podres poderes é capaz de delitos muitos mais danosos porque, ao contrário dos corruptos tradicionais, age em bandos, interagindo em verdadeiras teias em que faz o meio de campo com lideranças corporativas, doma a mídia e banha de um invólucro “social” e até “patriótico” suas pernadas no erário.
Esse corrupto, diferente do tradicional, serve à sua patota, mas cria expectativas para que terceiros se beneficiem no futuro de outros butins. Tem um discurso bem articulado e sabe como imobilizar, pela cooptação, com algumas prebendas e favorecimentos a granel, aqueles que poderiam atrapalhar seus passos. Esse corrupto, por coincidência, é aquele que, estando do outro lado do balcão, amanhecia o dia pensando em quem ia apresentar como ladrão à distinta platéia.
É o corrupto que faz as mesmas armações, crente de que ganhará o a anuência da opinião pública, devidamente convencida de que pior do que sua turma é a “direita privatizante”. Esse corrupto de “esquerda” é um típico cara de pau, que se socorre de parceiros manjados, tipos Collor, Sarney, Romero Jucá e Renan Calheiros, como se a cocaína farta no país tivesse explodido nossa memória.
Tão cara de pau que está entregando o pré-sal a trustes estrangeiros através dos leilões das jazidas, perdoou dívidas de empresas privatizadas, como as da norte-americana AES (da Eletropaulo) está trabalhando a privatização dos aeroportos, numa jogada da pesada, e fala mal da privataria passada, sem nada ter feito para desfazê-la, sabe Deus porque.
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8 comentários:
ALÔ CARNEIRO POR FAVOR, AJUDE, NÃO DEIXE QUE ACONTECE MAIS UMA DESGRAÇA EM NOSSA CIDADE.
AS COISAS ACONTECEM COM TANTA RAPIDEZ QUE A POPULAÇÃO NÃO ACOMPANHA E OS PILANTRAS SE APROVEITAM DISTO.
NO CASO DA TV CÂMARA É UM GRANDE ÊRRO QUERER CRIAR UMA FUNDAÇÃO PARA ADMINISTRAR A TV PORQUE; PRIMEIRO É ILEGAL, SE ACONTECE EM OUTROS LUGARES, NÃO SE DEVE COPIAR CRIMES E SIM EVITAR, A LEI 8.977/95 art.23 TEDERMINA QUE; O CANAL DESTINADO AO PODER LEGISLATIVO QUE DEVE SER COMPARTILHADO ENTRE AS CÂMARAS MUNICIPAIS E ESTADUAIS (OU SEJA TV CÂMARA LOCAL+TV ALERJ)PARA USO DA DOCUMENTAÇÃO DOS TRASBALHOS PARLAMNTARES E PRINCIPALMENTE AS SESSÕES AO VIVO.
EM NENHUM MOMEMTO FALA QUE TRABALÇHE EM PROL DO EXECUTIVO OU PASSE EM SUA PROGRAMAÇÃO FESTAS, INAUGURAÇÕES, PROPAGANDA DO GOVERNO COMO TEM ACONTECIDO E COISAS QUE NADA TEM COM O TRABALHO PARLAMENTAR OU SESSÃO AO VIVO E AS PESSOAS ENSISTEM EM ACHAR QUE É NORMAL, INCLUSIVE COM PARTIPAÇÃO DE AUTORIDADES QUE ATÉ SEM SABER ACABAM COM SUA PRESENÇA DANDO UMA IMPRESSÃO DE LEGALIDADE, MAS NÃO É, O PODER LEGISLATIVO É O FISCALIADOR DO EXECUTIVO E PRONTO, NADA MAIS, NÃO TEM AMIGUINHO OU PARCEIRO.
OUTRA COISA; ONDE ACONTECE DE UMA "FUNDAÇÃO" QUE ADMINISTRA UMA TV CÂMARA COMO É O CASO DE SÃO PAULO E OUTRAS TANTAS CIDADES QUE PASSAM POR ESTE PROBLEMA, ´´E ´SO PROBLEMA, CORRUPÇÃO, QUASE TODAS AS CONTRATAÇÕES IRREGULARES E COMPRAS SUPER FATURADAS, E A POPULAÇÃO ACABA PAGANDO POR MAIS ROUBALHEIRA, EM SÃO PAULO TE3M O CASO DA FUNDARC QUE TEM UM DIRETOR RESPONDENDO PROCESSO POR FAZER CONTRATO DE ASSESSORIA ATRAVÉS DA FUBNDAÇÃO PARA COM A TV CÃMARA DE SP, NO VALOR DE 12 MILHÕES POR UM SUPOSTO SERVIÇO DE "ASSESSORIA" NUM PRAO DE 6 MÊSES, E TEM TANTA COISA ERRADA, E SAEM DAQUI VÃO ATÉ UMA CIDADE DISTANTE, ESQUECEM QUE A TV CÂMARA DAQUI É A PIONEIRA DO BRASIL? !!!
MAIS UMA É QUE A SAÚDE MELHOROU COM A FUSAR?
A CULTURA MELHOROU POR CONTA DA CULTUAR?
O TURISMO MELHOROU COM A TURISANGRA?
PARECE PIADA, ALÔ VEREADOR CORDEIRO VOCÊ ESTÁ AJUDANDO UMA COISA RUIM PARA O POVO, A TV CÂMARA POR LEI A 8.977/95 ART.23, O CANAL É CEDIDO PRO ESTA LEI PARA USO DO PODER LEGISLATIVO ASSIM O CANAL DO JUDICIÁRIO , SENADO ETC... NUNCA, MAS NUNCA MESMO DEVERÁ SER DE ALGUMA FUNDAÇÃO E SIM AOS PODERES E FUNDAÇÃO NÃO É PODER NENHUM, SOMENTE O PODER DE ROUBAR DENTRO DE UMA SUPOSTA LEGALIDADE CAMUFLADA, É COISA DE QUADRILHA ORGANIZADA, ENTENDE? ESPRO QUE SIM.
Acabei de ler no blog do Rodney que o Senhor será o novo Secretário de Ação Social,no lugar da Jane-noel-traíra-veiga?Quem sabe só assim consegue Salvar e dar mais um pouco de DIGNIDADE ao Maracujá.EEHEHHEHEHEH!12.000.00/mês.eheheheheehehehehehehehehe.
Tuca, a ilusão BUURIFICOU Vc de tal maneira que as Asneiras são vistas em todos os cantos e em todos os lados.Guerreiam por tudo num Sacrilégio INFERNAL.TUCA onde há SOFRIMENTOS e MISÉRIAS não há MARAVILHAS.Todos VCs vivem perdidos nesse imenso buraco,esperando a todo instante o golpe mortal que é o FRACASSO de todo palhaço que vive a vida iludido por ela.Angra está num VASTO PARAÍSO DE LAMA E SOFRIMENTO.Angra é um picadeiro infernal,e por isso,cada qual com as suas palhaçadas,com as sua sábias burrices do NADA.Seus Secretários(as),CCs lhe traíram e aguarde os restantes das traições!!!O que Vc plantou está colhendo e ano que VEM ??????
Meu caro leitor, não tenho pretensão de participar de nenhum governo; seja dessa decadente cleptocracia, seja da Conceição Rabha.
Sou marxista, só acredito numa sociedade mais igualitária e isso só é possível por meio de revoluções.
Abraço!
Enqunto o senhor é da ordem dos direitos Humanos e não faz nada as pessoas estão se manisfestando contra aquele centro de concentração do bracuy,veja no tangra.Qual a ou as medidas a serem tomadas.Um pobre coitado tem ficar lá mesmo é o que muitos pensam,a VILMA ladra o Senhor falou delícias dela e a ajudou.OAB e Direitos Humanos de merda.
Suco de cajú ou de maracujá.
Não entendi a agressão gratuita; já tomei providencias. Requeremos uma investigação do MP-RJ sobre os maus tratos sofridos por aqueles necessitados.
Eu mesmo acompanharei o Promotor de Justiça.
Nossas trincheiras são as mesma, se há diferença pessoal comigo não é aqui que se deve lavar a roupa suja.
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