segunda-feira, 11 de julho de 2011

CULTUAR, RATOS E URUBUS


A política que deveria ser o instrumento transformador da sociedade e melhorias das condições de vida da população de Angra dos Reis virou meio de enriquecimento ilícito e tudo que é ruim para o nosso povo. Estão aí ás provas do novo escândalo do governo dos Jordão mostrando como o erário foi transformado em carniça para os urubus e ratos deste vergonhoso e medíocre governo. Há uma espécie de urubu chamado urubu-rei, que tem o pescoço branco feito o colarinho dos ratos do governo que mandam em nós e roubam nosso dinheiro.
A escolha do antipático, adiposo e mau-caráter de inteligência duvidosa está, pois, dentro da normalidade da atual política praticada em Angra. Porque nosso povo é pouco instruído, e, portanto, presa fácil dos canalhas filhos de imigrantes que se intitulam de famílias tradicionais angrense.
A propósito, há um questionamento sobre este processo da Cultuar que muito me intriga. Se as acusações feitas pelo Ministério Público são falsas, os acusadores deveriam ser responsabilizados. Se Verdadeiras, por que as pessoas denunciadas permanecem como se nada houvesse ou responsabilidade tivessem?

quinta-feira, 7 de julho de 2011

DURA LEX SEDE LEX

O promotor de justiça Doutor BRUNO LAVORATO ajuizou ontem ação de improbidade conta a CULTUAR e seu presidente PAULO MATTOS por ter contratado empresa fantasma para promoção de eventos.
A ação encontra-se nas mão do magistrado IVAN MIRANCOS pra decidir o pedido de liminar.
O promotor LAVORATO vai extrair peça e encaminhar ao titular do criminal para que seja feita denuncia de vários crimes contra o patrimônio público.
A sociedade burguesa é muito injusta, logo PAULO MATTOS que não ostenta riqueza e não aparenta qualquer sintoma de se apropriar da coisa pública vai sofre “as misérias do processo penal”.

terça-feira, 5 de julho de 2011

DEFEITOS X QUALIDADES


A balança

Quando menino eu vivia brigando com meus companheiros de brinquedos. E voltava para casa lamuriando e queixando-me deles. Isto ocorria, as mais das vezes, com Beto, o meu melhor amigo.
Um dia, quando corri para casa e procurei mamãe para queixar-me do Beto ela me ouviu e disse o seguinte:

- Vai buscar a sua balança e os blocos.

- Mas, o que tem isso a ver com o Beto?

- Você verá... Vamos fazer uma brincadeira.

Obedeci e trouxe a balança e os blocos. Então ela disse:

- Primeiro vamos colocar neste prato da balança um bloco para representar cada defeito do Beto. Conte-me quais são.

Fui relacionando-os e certo número de blocos foi empilhado daquele lado.

- Você não tem nada mais a dizer? Eu não tinha e ela propôs: Então você vai, agora, enumerar as qualidades dele. Cada uma delas será um bloco no outro prato da balança.

Eu hesitei, porém ela me animou dizendo:

- Ele não deixa você andar em sua bicicleta? Não reparte o seu doce com você?

Concordei e passei a mencionar o que havia de bom no caráter de meu amiguinho. Ela foi colocando os blocos do outro lado. De repente eu percebi que a balança oscilava. Mas vieram outros e outros blocos em favor do Beto.

Dei uma risada e mamãe observou:

- Você gosta do Beto e ficou alegre por verificar que as suas boas qualidades ultrapassam os seus defeitos. Isso sempre acontece, conforme você mesmo vai verificar ao longo de sua vida.

E de fato. Através dos anos aquele pequeno incidente de pesagem tem exercido importante influência sobre meus julgamentos. Antes de criticar uma pessoa, lembro-me daquela balança e comparo seus pontos bons com os maus. E, felizmente, quase sempre há uma vantagem compensadora, o que fortalece em muito a minha confiança no gênero humano.
(AUTOR DESCONHECIDO)

SOCIALISMO VIVO E POSSÍVEL


Por Miguel Urbano Rodrigues.
O filósofo e historiador italiano Doménico Losurdo esteve em Portugal em Junho a convite da revista web odiario.info para apresentar os seus livros: Stalin, estória e critica de uma lenda negra e Fuga da História .

Losurdo, que é professor catedrático da Universidade de Urbino, dedicou atenção especial a desmontar a falsificação da Historia montada no Ocidente para satanizar Stálin.

Para o autor de Fuga da História a reimplantação do capitalismo na Rússia após a desagregação da União Soviética foi uma tragédia para a Humanidade. Mas essa conclusão não é para ele incompatível com a convicção de que o fim da URSS foi o desfecho de uma soma de fatores inseparáveis da incapacidade da concretização do projeto socialista concebido por Lénine, com base na teoria de Marx.

Não conheço trabalho comparável pela originalidade e rigor ao que desenvolveu para demonstrar o desafio da transição na URSS do capitalismo para o socialismo.

Lénine tinha consciência de que a tomada do poder na Rússia fora uma tarefa muito mais fácil do que o desafio da construção do socialismo. O Partido não dispunha de uma teoria para a transição do capitalismo para o socialismo. E pagou um preço altíssimo por essa carência. Ela está na origem dos conflitos devastadores que Losurdo define como "as três guerra civis" na sociedade a que ele chama pós capitalista. Essa simples expressão tornou o autor de Fuga da História alvo de muitas críticas. Domenico poderia ter utilizado a expressão pré-socialista. Mas não o fez porque o socialismo real se distanciou para ele do socialismo, tal como o concebe na fidelidade ao projeto de Marx. Não cabe nestas linhas recordar as situações históricas que na Rússia, arruinada e hostilizada pelo imperialismo, tornaram inevitáveis decisões em defesa da Revolução – desde o comunismo de guerra à NEP – que conduziram a uma gradual redução do papel dos sovietes, a um apagamento dos sindicatos e a uma hipertrofia do Partido e à sua posterior burocratização. São conhecidas as consequências dessas opções.

O Relatório Secreto de Khruchov ao XX Congresso do PCUS representou uma preciosa ajuda aos sovietólogos ocidentais que faziam da denúncia do stalinismo instrumento fundamental da luta contra o comunismo, para muitos irmão gêmeo do fascismo.

A grande maioria dos livros sobre Stálin deforma o homem e a sua época. Para uns é um herói; para outros um ser demoníaco.

Losurdo chama a atenção para o primarismo e falta de imaginação das campanhas que visam destruir a imagem de Stálin, comparando-o a Hitler. É absurdo negar-lhe qualquer mérito e apresentar como um ditador feroz e irresponsável um homem que durante três décadas exerceu um enorme poder num país que derrotou a Alemanha nazista e se transformou na segunda potência mundial.

Para desmontar a argumentação dos autores que satanizam Stálin, Losurdo recorre exclusivamente a fontes ocidentais, a destacados historiadores, filósofos, sociólogos, economistas, políticos, militares, amplamente conhecidos pelas suas posições anticomunistas. Cita concretamente opiniões de Roosevelt, De Gaulle, Benes, Hannah Arendt, Eisenhower, De Gasperi, Golda Meir, John Foster Dulles, elogiosas para Stálin, como homem, estadista e estrategista.

Losurdo não é mais um divulgador do marxismo entre muitos. É um criador. Tal como os materialistas gregos, não desconhece que o objetivo supremo do homem na aventura da vida é a procura da felicidade possível. E sabe também que em poucas épocas terá sido tão difícil como hoje perseguir essa meta. Não é de estranhar que o filósofo, nessa ânsia de compreender para ensinar, tenha escrito sobre autores tão diferentes como Nietzsche, Hegel, Marx e Lénine.

Mas Domenico tem os pés bem fincados na terra. A teoria e a prática são para ele complementares. Consciente dessa interação, o historiador está, como intelectual revolucionário, permanentemente envolvido na solidariedade com as grandes causas da humanidade e na luta dos povos contra o imperialismo. Os seus artigos correm mundo na crítica às guerras de agressão imperiais contra os povos da Palestina, do Iraque, do Afeganistão, da Líbia e outros, na denúncia da participação do golpe dos EUA nas Honduras, na solidariedade com as FARC colombianas e com o povo iraniano. É reconfortante que neste mundo em crise de civilização haja pensadores revolucionários como Domenico Losurdo. Vai completar 70 anos e preparam-lhe merecidas homenagens em diferentes países.