quarta-feira, 4 de novembro de 2009

MARXISMO, O NORTE DA HUMANIDADE


Confesso, sem qualquer culpa cristã, que sou marxista. É claro que nada tenho a ver com os ditadores desprovidos de humanismo, nem com os ''comunistas'' do PCdoB, nem com os ''marxistas'' que têm vergonha da palavra comunismo.

Tenho gozo em imaginar um mundo onde cada um recebe de acordo com sua necessidade e dá de acordo com a sua possibilidade.

Não acredito e não tolero nenhuma ditadura; nem na do proletariado.
Acho que não existe liberdade sem socialismo, nem socialismo sem liberdade. Também não existe liberdade sem democracia.

A democracia, porém, foi prostituída - já na República da Roma antiga - quando uma minoria impôs sua vontade e tornou a busca da riqueza material uma lei natural, como as estações do ano. Fizeram até com que os escravos vissem no algoz o seu modelo, com exceção de Spartacus e seu heróico exército de escravos que se fizeram homens livres por suas próprias mãos.

Hoje, metade do mundo vive vida de cachorro abandonado; mas, como a miséria continua a crescer, um dia o homem poderá se rebelar. Temeroso, o capital endurece – invasão das favelas e incriminação do MST-, pois nem todo mundo está convencido de que o chicote e a miséria são bons para o lombo e o estomago.

Alguns petistas liderados pelo seu BIG BROTHER, LULA DA SILVA “O CARA”, também acham que é preciso endurecer sem abdicar da palavra democracia.

A democracia é o governo do povo. Eu hesitaria em chamar de democracia o Brasil onde a grande maioria é composta de miseráveis capazes de serem enganados por uma minoria. Não importa se esta minoria se apresenta como de direita ou de esquerda. O social do PSDB, o socialismo do PT, o trabalhismo do PTB e do PDT, o liberalismo do PFL, o democrático da UDR são marcas de fantasia. Se essas marcas possuíssem significado, os políticos não viveriam mudando e recebendo mensalão.

Também não sou seguidor de LUKÁCS, KORSH ou BLOCH, até mesmo porque pouco os li, e, a idéia de que somente a tomada do poder político basta para a revolução não me convence. Sinto-me mais próximo de ANTÔNIO GRAMSCI, para quem o poder cultural deveria ser tomado antes do poder político. A revolução socialista, quando vier (não creio que seja para minha existência), deverá vir de dentro para fora e adaptada às circunstâncias sociais, geográficas e econômicas de cada país. Quando os verdadeiros marxistas conseguirem convencer os homens de que estes são feitos à imagem e semelhança de Deus (não estou propenso a acreditar que exista um ser superior que dirija nosso destino, no entanto, penso que não somos obra do acaso), e não para serem burros de carga; quando os homens se reconhecerem escravos e se rebelarem contra esse mundo criado pelo capitalismo; quando compreenderem que devem defender sua cultura, seus valores sentimentais e seu caráter humanista intrínseco e que isso só acontece por meio da dúvida e do conhecimento, ai estarão preparados para assumir o poder. Quando se livrarem da ganância que lhes foi inoculada pela classe dominante, o poder será deles, pois, a essas alturas, até os algozes concordarão com isso, se não quiserem perecer na luta de classes.

Por estas razões, sou marxista dialético histórico.

Um comentário:

Anônimo disse...

Enquanto isso eles roubam à vontade.