O que dizer dos 120 anos da abolição, que o Brasil atual é tão injusto quanto o Brasil escravocrata (pergunte ao Criador, quem inventou esta aquarela, livre do açoite e da senzala, preso na miséria da favela).
Nada é mais atual que CASTRO ALVES.
“Existe um povo que a bandeira empresta
P'ra cobrir tanta infâmia e cobardia!...
E deixa-a transformar-se nessa festa
Em manto impuro de bacante fria!...
Meu Deus! meu Deus! mas que bandeira é esta,
Que impudente na gávea tripudia?
Silêncio. Musa... chora, e chora tanto
Que o pavilhão se lave no teu pranto! ...
Auriverde pendão de minha terra,
Que a brisa do Brasil beija e balança,
Estandarte que a luz do sol encerra
E as promessas divinas da esperança...
Tu que, da liberdade após a guerra,
Foste hasteado dos heróis na lança
Antes te houvessem roto na batalha,
Que servires a um povo de mortalha!...
Fatalidade atroz que a mente esmaga!
Extingue nesta hora o brigue imundo
O trilho que Colombo abriu nas vagas,
Como um íris no pélago profundo!
Mas é infâmia demais! ... Da etérea plaga
Levantai-vos, heróis do Novo Mundo!
Andrada! arranca esse pendão dos ares!
Colombo! fecha a porta dos teus mares”!
A pergunta que ecoa pelos séculos é a seguinte: quando teremos uma reforma agrária e uma educação popular de qualidade?
2 comentários:
perfeito! me ajudou muito a entender o asunto OBG
Perfeito! me ajudou muito a entender o assunto OBG
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